domingo, 3 de fevereiro de 2019

Castle of Illusion Starring Mickey Mouse


Prontinho, agora que tirei as pendências do caminho, podemos voltar à programação normal do site. Nos próximos meses, falarei de jogos que marcaram a minha infância, apesar de nem todos terem mantido a aura de qualidade que eu via quando tinha meus 9, 10 anos (Pra falar a verdade, esse é o único jogo que não passou na regra dos 10 anos, apesar de ainda ser muito bom).

Castle of Illusion foi desenvolvido e publicado pela Sega em 1990, e foi o primeiro da série Illusion, uma franquia de jogos de plataforma estrelados pelos maiores astros da Disney. A aventura estrelada por Mickey, como diz o título, é considerado um dos maiores clássicos do console e um dos jogos responsáveis por solidificar a posição da Sega como líder do mercado antes mesmo da chegada de Sonic, pelo menos até a Nintendo chegar com os SNES e dar início a Guerra dos Bits, ganhando até um remake expandido em 2013.

Então vamos colocar nossos sapatos amarelos e seguir em direção ao... Castelo da Ilusão!!

TAN-TAN-TAAAAAAAAAAAAAAAAAAN


Hmmmmmmmm um jogo de plataforma estrelado por um herói conhecido... nem consigo imaginar qual pode ser a história desse jogo.

Se você também não consegue, permita-me ajudar. Mickey e Minnie estavam se divertindo e se amando em uma floresta aleatória, quando do nada, aparece a terrível bruxa Mizrabel, que morre de inveja da beleza da Minnie e decide roubá-la para ela mesma, se tornando jovem e bonita, enquanto a pobre ratinha ficará só o pó da rabiola.

Mickey, como todo bom namorado, corre atrás da bruxa, e essa perseguição o leva ao famigerado Castelo da Ilusão. Na entrada, ele encontra um velho, que o diz que, para chegar ao covil de Mizrabel, ele precisa derrotar seus Mestres da Ilusão nos salões do Castelo e conquistar suas gemas mágicas.

Apesar da história não parecer muito imaginativa, posso afirmar que o jogo compensa em todos os outros aspectos.


Posso afirmar sem duvida que esse é um dos jogos mais fofinhos que eu já vi.

Cada mundo do jogo tem seu próprio tema, e apesar das fases serem curtas, os detalhes tem um charme simples que foge dos cenários mais tradicionais, tendo fases como a Terra dos Brinquedos e a Fábrica de Sobremesas. Cor também é um fator forte aqui, pois é isso que torna o jogo realmente chamativo. É tudo simples, mas detalhado e criativo, e que chama a atenção até hoje. Não sei colocar em palavras, mas os cenários parecem ter sua magia própria, como se fosse tirada diretamente dos desenhos animados, mas também com uma identidade própria. É inegável que eles estavam tentando criar um conto de fadas aqui.

A mesma coisa vale pros personagens. O próprio Mickey não é uma reprodução pixelada de algum dos seus inúmeros designs pra desenho, mas sim uma versão com identidade própria, única pro jogo, mesmo tendo uma pose similar ao dos desenhos. Os inimigos se mostram do mesmo jeito, e você até esquece que eles são obstáculos. Os chefes são os mais complexos, e alguns se inspiram de personagens, mesmo que não conhecidos, principalmente a vilã principal, Mizrabel, cuja forma final é uma combinação da Rainha Malvada e da Malévola.

A música é sublime. Por mais que eu seja mais tendencioso ao poder sonoro do SNES, Castle of Illusion possui uma trilha criativa e agradável, que dá um tom emocionante e alegre à aventura. Cada estágio tem seu próprio tema que combina muito bem, mas devo admitir que não ficou grudado na cabeça depois (o que, pra ser honesto, não é demérito nenhum).

Ah e felizmente não há a presença de nenhuma dublagem ou coisa parecida aqui, o que eu acho muito válido.

Pode se dizer muita coisa desse jogo, mas não que ele foi feito de qualquer jeito.


A missão de salvar a Minnie é clara, mas com certeza não é fácil.

As fases do jogo são representadas nos salões do castelo, cada um com seu nome e tema: A Floresta Encantada, a Terra dos Brinquedos, a Tempestade, a Fábrica de Sobremesas, a Biblioteca e o Castelo. No papel de Mickey, você deve avançar pelas (pequenas) hordas de inimigos e lutar contra um dos Mestres da Ilusão para conseguir sua gema mágica e avançar para a próxima fase.

E o ratinho não está levando na brincadeira, pois sua principal arma é uma sentada.

Apesar da palavra remeter a várias outras coisas, não estou brincando.

Ao invés de usar o pulo, Mickey pode quicar nos inimigos indefinidamente, mas você tem que lembrar de apertar o botão de pulo de novo pra isso. Essa quicada pode ser usada tanto como ataque quanto um meio de chegar a partes mais elevadas. Ele também pode usar projéteis que podem ser encontrados pelp cenário, podendo ser maçãs ou bolinhas (o que devo confessar que me chateou um pouco, seria ótimo se cada mundo tivesse seu projétil próprio).

Mas mesmo com tudo que eu falei, não espere encontrar um jogo fácil fácil. Apesar da curta duração, o jogo exige bastante atenção e reflexos afiados pra conseguir se posicionar corretamente. Devo admitir, entretanto, que não consigo deixar de pensar que essa dificuldade é gerada mais pelo controle do que a aventura em si.

Talvez eu ofenda a infância de muita gente, mas o ratinho é um pouco pesado na hora do pulo, mesmo com o longo alcance, e isso tornou momentos que exigem reflexos mais complicados do que deveriam ser, mesmo que os movimentos mínimos sejam menos escorregadios do que se comparado a outros jogos do gêneros.


Castle of Illusion é um jogo simples, feito com muito esmero e que com certeza merece uma chance. Mesmo com minhas críticas ao controle, posso garantir uma tarde de diversão e emoção, mesmo que seja focado no público mais infantil. Também recomendo os outros jogos da Disney para o Mega Drive, mas não posso prometer que os resenharei no futuro...

E na semana que vem, continuaremos a minha viagem pela estrada, com o retorno do robô azul mais querido do mundo, só que na versão sem angústia. Porque a única armadilha pior que o capitalismo, é o existencialismo.

Por hoje é só, pessoal!

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