sábado, 5 de janeiro de 2019

Venom/Spider-Man: Separation Anxiety


2019 começou e é hora de uma continuação!

A anos atrás, prometi que falaria de dois jogos do Homem-Aranha: Maximum Carnage e Separation Anxiety. A ideia era falar em um seguido do outro, mas a minha vida virou um turbilhão de fortes emoções e não consegui concluir do jeito que queria, com uma diferença de 7 FUCKING ANOS (so sorry) entre os textos. Entretanto, decidi voltar pro blog em definitivo e vou concluir as pendências, a começar por esta.

Venom/Spider-Man: Separation Anxiety é um beat-em'-up produzido pela Acclaim e lançado para SNES e Mega Drive em 1995 e é a continuação direta de Maximum Carnage. Assim como o antecessor, é baseado no arco homônimo de histórias dos quadrinhos, apesar de ser mais parecido com outro arco, Lethal Protector. Entretanto, ele acabou não chamando tanta atenção, apesar de ainda ser considerado um excelente jogo.

Preparem seus lançadores de teia, pois vamos explorar mais um jogo do cabeça de teia.


Pois bem, vamos ir mais a fundo nessa história.

Uma organização chamada Life Foundation teve acesso ao simbionte original e extraiu dele cinco "sementes", que se transformaram em cinco novos simbiontes. Esses simbiontes se uniram a cinco soldados voluntários, que serviriam para proteger o abrigo anti-nuclear que eles estavam construindo para seus ricos clientes.

Em Lethal Protector, Eddie Brock tenta se livrar de sua vida de crime, mas o pai de uma de suas vítimas cria um grupo de mercenários, chamados de O Júri para matá-lo, e ele acaba pedindo ajuda a seu inimigo, o Homem-Aranha, que acaba encontrando os simbiontes da Life Foundation. E em Separation Anxiety, os mesmos simbiontes da Life Foundation procuram Eddie Brock para que ele possa ajudá-los a controlar seus simbiontes.

O enredo não é necessariamente uma fusão dessas histórias, mas pega elementos de ambas com uma nova justificativa de que Venom está indo atrás de seus filhos para que eles se juntem a ele de novo, pois ele está sofrendo... ansiedade de separação.

Além do Homem-Aranha, do Venom, dos filhos do simbiontes e do Júri, há também o retorno de Carnificina, que está sedendo de vingança, e também da participação de outros heróis, como Capitão América, Motoqueiro Fantasma, Gavião Arqueiro e Demolidor.


Em comparação ao jogo anterior, os gráficos melhoraram muito.

Os gráficos ainda tentam passar um clima cartunesco, similar aos gibis, porém eles estão muito mais definidos e bem desenhados, e sem dúvida melhores que o antecessor (imagino que tenha sido pelo não-envolvimento da LJN, mas não quero bancar o chato). Apesar disso, a estética "quadrinística" foi mantida, o que foi uma ótima decisão

Os cenários são muito mais elaborados e detalhados, além de serem divertidos de explorar com as habilidades de ambos os heróis. Os capangas são genéricos e até sem rosto, mas cumprem seu papel de saco de pancadas dos heróis (mesmo revidando bastante), que felizmente tem um design simples e fácil de adaptar para o jogo.

A música é sensacional e merece nota 10, é uma baita trilha pra se ouvir enquanto você toma uma porrada dos vilões (e você vai tomar), além de ser carregadíssima de puro anos 90, com direito a vozes fazendo sonorização da música na introdução, gritinhos e uma vibe meio hip-hop leve comercializável, que só o começo daquela década poderia nos oferecer.


Se você já jogou o primeiro jogo, a jogabilidade é literalmente a mesma, apesar de você poder ter a opção de escolher entre o Amigão da Vizinhança e o Protetor Letal dessa vez, ao invés de um ser automaticamente o jogador 1 e o outro ser o jogador 2.

O esquema é o mesmo: Homem-Aranha é mais ágil e rápido, enquanto Venom é mais bruto e forte. Você pode usar sua teia como escudo ou lançá-la como tiros para imobilizar o inimigo ou como corda para puxá-lo pra perto de você. Ambos também podem escalar os prédios do cenário para desviar e se posicionar melhor no cenário e balançar com as teias para se movimentar mais rápido e de forma mais ampla. Os itens especiais para convocar outros heróis também voltaram, apesar de ter menos opções dessa vez: Capitão América, Motoqueiro Fantasma, Gavião Arqueiro e Demolidor.

Entretanto, notei um aumento na dificuldade entre os dois jogos. Talvez pela barra de vida ser menor do que em outros jogos, mas já nas primeiras telas acabei perdendo uma vida e nem percebi que estava apanhando tanto. Talvez eu esteja enferrujado, mas fiquem bem atentos.


Se você é fã de alguns dos personagens ou busca algo divertido pra você, então vai se dar bem com esse jogo. Infelizmente, não há muitos motivos pra jogá-lo além disso, e existem jogos do gênero pro SNES, inclusive com super-heróis, muito melhores no mercado.

Peço perdão pelo texto não ter a mesma qualidade de antes. Esse artigo serviu apenas como forma de encerrar esse capítulo no blog e cumprir a promessa que vez, que é meio o tema desse mês. Durante as próximas, vou falar sobre uma trilogia de jogos que estava guardada pro mês do aniversário, mas que pelos mesmos motivos não consegui concluir.

A corrupção toma conta das ruas, e para combater esse nível de crime, só mesmo com fúria justa.

Por hoje é só, pessoal!

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