Sabe, eu tive uma ótima infância.
Não creio que exista sensação melhor do que acordar cedo no sábado de manhã, arrastando seu cobertor pelo chão da sala, se acomodar no sofá e ligar a TV pra ver mais uma manhã de desenhos animados. Claro que, do jeito que as coisas andam, meus filhos provavelmente não saberão o que é isso, pois assim como baixar um filme não é a mesma coisa que ir ao cinema, baixar uma temporada completa não é a mesma coisa que se divertir esperando um episódio por dia.
E o jogo em questão foi baseado em uma parte muito importante dessa experiência.
DuckTales é um jogo baseado no clássico desenho de mesmo nome da Disney. Foi feito pela Capcom (produzido por alguns dos responsáveis por Mega Man) e lançado em 1989 para o NES. É considerado um clássico do console, favorito de muitos jogadores e até recebeu uma remasterização a um pouco mais de um ano.
Embarquem comigo nessa aventura enquanto eu estrago um pouco a infância de vocês.
DUCKTALES UH UH!
O jogo, assim como muitos episódios da série, é sobre deixar o tio Patinhas ainda mais rico.
É sério, a série toda se baseia na ganância do velho Patinhas. Claro que tinha uma exceção ou outra, mas o tema principal era o tio levando seus jovens sobrinhos-netos Huguinho, Zezinho e Luisinho para as mais mirabolantes aventuras com o objetivo do lucro, o bom e velho espírito capitalista.
Claro que os moleques eram verdadeiros especialistas em praticamente qualquer coisa, pois aparentemente escoteirismo ensina desde técnicas de sobrevivência até pilotagem de avião (é sério, tem uma história, cujo título ou enredo já saiu da minha memória, onde eles conseguem pilotar um avião ao ler o manuel dos escoteiros). Mas ainda sim, custava contratar uma babá?
Ah, é. Esqueci com quem estamos lidando.
Ok, pra ser justo, todos sabemos que isso é apenas o exterior dele, por dentro, ele é um homem de honra e bondade. Mas ele não deixa de ser irresponsável.
Claro que os velhos inimigos dele, como a Maga Patalójika, Mac Mônei e os Irmaõs Metralha, querem atrapalhar suas empreitadas e faturarem mais do que ele. Logo, você tem que encarar esses obstáculos e faturar o máximo possível.
Capcom, como sempre, demonstrou toda a sua excelência, do jeito que sempre fez no NES.
Todo o visual do jogo é belíssimo, muito bem feito e único. Mais um pouquinho e seria praticamente um jogo de 16 bits. Assim como muitos jogos da época que eram da Capcom, como Mega Man, o visual usava o máximo do NES.
A fase da floresta usa bem os tons de verde, o fundo da fase da lua tem um ar mais cósmico do que muito jogo espacial por aí e tenho quase certeza de que a fase da Transilvânia realmente se passa no castelo do Drácula mesmo.
Os personagens estão muito bem feitos, principalmente os principais, como o tio Patinhas e os trigêmeos, assim como os vilões. Até mesmo os inimigos habituais parecem vindos do desenho animado. Afinal, não é necessário ter muito poder pra fazer um bom trabalho.
E as músicas são simplesmente excepcionais, até mesmo no inesquecível tema da série, reproduzido fielmente na tela de abertura. Acabou se tornando justamente uma das coisas que é mais lembrada do jogo, além de mostrar que mesmo com as limitações do sistema, composições inesquecíveis estão em todos os lugares.
Aliás, se você curte músicas em 8-bit, procure por "chiptunes" no Google, irá me agradecer depois.
Tenho pegado um gosto considerável por plataformas.
Você tem cinco áreas para explorar: a Amazônia, Transilvânia, minas africanas, o Himalaya e a Lua (só que sem roupa espacial). Mas ao contrário da maioria dos jogos, você pode jogar as fases na ordem que quiser. Seu objetivo em cada fase é coletar o máximo de tesouros possível, representados pro gemas preciosas, além de enfrentar um chefão pra conseguir o tesouro principal em cada fase.
Você pode até revisitar as fases que já explorou em busca de novos itens para lucrar ainda mais. A pontuação aqui é medida em doletas, e se você lucrar o bastante, pode até liberar um final especial.
Sua arma aqui é a muleta do tio Patinhas, que pode ser usada como taco para tacar objetos e como pula-pula, para quebrar baús e esmagar inimigos. Além disso você pode coletar moedas mágicas para ficar invencível e bolinhos totosos para recuperar as energias.
As próprias fases mesmo não são exatamente linearias, pois existem diversas mini-sidequests, que geralmente envolvem resgatar seus amigos de apuros e encontrar tesouros escondidos que, juntos a um lucro decente, liberam o melhor final. Você também tem o final básico ao zerar o game, e o final ruim, por não ter nada.
Afinal, é sempre bom incentivar o capitalismo e a ganância, né?
Taí mais uma recomendação excelente, não apenas por ser baseado em um desenho foda, mas também por ser foda por si só, apesar de você precisar de tempo pra se acostumar com os controles. E afinal de contas, nada como mais uma versão do tema pra ficar grudado na sua mente.
E fiquem ligados não só no remake do jogo, mas na nova versão do desenho, que vai chegar em 2017.
E pra semana que vem: a Capcom não mitou apenas em 8 bits.
Por hoje é só, pessoal!
Todo o visual do jogo é belíssimo, muito bem feito e único. Mais um pouquinho e seria praticamente um jogo de 16 bits. Assim como muitos jogos da época que eram da Capcom, como Mega Man, o visual usava o máximo do NES.
A fase da floresta usa bem os tons de verde, o fundo da fase da lua tem um ar mais cósmico do que muito jogo espacial por aí e tenho quase certeza de que a fase da Transilvânia realmente se passa no castelo do Drácula mesmo.
Os personagens estão muito bem feitos, principalmente os principais, como o tio Patinhas e os trigêmeos, assim como os vilões. Até mesmo os inimigos habituais parecem vindos do desenho animado. Afinal, não é necessário ter muito poder pra fazer um bom trabalho.
E as músicas são simplesmente excepcionais, até mesmo no inesquecível tema da série, reproduzido fielmente na tela de abertura. Acabou se tornando justamente uma das coisas que é mais lembrada do jogo, além de mostrar que mesmo com as limitações do sistema, composições inesquecíveis estão em todos os lugares.
Aliás, se você curte músicas em 8-bit, procure por "chiptunes" no Google, irá me agradecer depois.
Tenho pegado um gosto considerável por plataformas.
Você tem cinco áreas para explorar: a Amazônia, Transilvânia, minas africanas, o Himalaya e a Lua (só que sem roupa espacial). Mas ao contrário da maioria dos jogos, você pode jogar as fases na ordem que quiser. Seu objetivo em cada fase é coletar o máximo de tesouros possível, representados pro gemas preciosas, além de enfrentar um chefão pra conseguir o tesouro principal em cada fase.
Você pode até revisitar as fases que já explorou em busca de novos itens para lucrar ainda mais. A pontuação aqui é medida em doletas, e se você lucrar o bastante, pode até liberar um final especial.
Sua arma aqui é a muleta do tio Patinhas, que pode ser usada como taco para tacar objetos e como pula-pula, para quebrar baús e esmagar inimigos. Além disso você pode coletar moedas mágicas para ficar invencível e bolinhos totosos para recuperar as energias.
As próprias fases mesmo não são exatamente linearias, pois existem diversas mini-sidequests, que geralmente envolvem resgatar seus amigos de apuros e encontrar tesouros escondidos que, juntos a um lucro decente, liberam o melhor final. Você também tem o final básico ao zerar o game, e o final ruim, por não ter nada.
Afinal, é sempre bom incentivar o capitalismo e a ganância, né?
Taí mais uma recomendação excelente, não apenas por ser baseado em um desenho foda, mas também por ser foda por si só, apesar de você precisar de tempo pra se acostumar com os controles. E afinal de contas, nada como mais uma versão do tema pra ficar grudado na sua mente.
E fiquem ligados não só no remake do jogo, mas na nova versão do desenho, que vai chegar em 2017.
E pra semana que vem: a Capcom não mitou apenas em 8 bits.
Por hoje é só, pessoal!
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