Sejamos sinceros, todos amam o Batman.
Mesmo que infelizmente haja muitos posers por aí, é inegável que Batman é um dos super-heróis mais populares de todos, se pá o mais popular mesmo. A história do menino órfão que decidiu fazer justiça com as próprias mãos para varrer o crime de sua cidade não é só uma jornada épica, mas também inspira e marca a vida de muitas pessoas (Comic Shoppers, estou olhando pra todos vocês). Eu não sou um mega-fã, mas tenho um respeito considerável pelo que ele representa. E já que tem filme novo chegando, é hora de deixar a escuridão invadir este humilde site.
E pra começar, nada como um jogo baseado no primeiro filme. Batman foi lançado para o NES em 1989, tendo sindo produzido pela Sunsoft. Apesar de não ter sido o primeiro jogo do morcegão, é o primeiro baseado nos filmes da franquia, que é adorado até hoje por muitos fãs. Apesar disso, não segue fielmente a história, o que pode influenciar a opinião de todos.
Será que o jogo corresponde à expectativa ou sofre da "Maldição de ET", como eu gosto de chamar?
It's time for Batman!
Como eu disse, a história do jogo é levemente baseada na história do filme. Mas se você não conhece a história do filme... véi... nem falo nada.
Porém, como eu sou um menino muito educado farei um resumo bem rápido pra vocês.
O filme conta história de Bruce Wayne, um milionário que, durante a noite, combate o crime da cidade de Gotham como o cruzado encapado Batman. Porém, uma ameaça ainda maior aparece na forma do Coringa, um mafioso enlouquecido por produtos químicos que quer, resumidamente, ferrar com todo mundo.
Tá, eu sei que resumi bastante, mas também, a não ser que você tenha vivido em cavernas nos últimos 20 anos, você não tem desculpa pra ver esse clássico.
O jogo, entretanto, não aborda muito a história, se resumindo somente ao Batman indo atrás do Coringa batendo em diversos bandidos pelo caminho. Nenhum dos outros personagens coadjuvantes aparecem, como Vicky Vale, Harvey Calrissian (quem viu o filme vai entender) e nem mesmo Alfred, o que deveria ser considerado crime.
Apesar de tudo, não creio que isso seja um ponto negativo, já que o jogo compensa por tudo isso.
A aparência do jogo é incrivelmente próxima ao clima obscuro passado pelo filme, como uma reprodução fiel da película.
O jogo é escuro. Escuro no sentido de que, assim como no filme de Tim Burton, tudo se passa à noite. O jogo reproduz fielmente, na minha opinião, a Gotham que Burton representou no filme, toda sinistra e amedrontadora em cada canto. Você não vê um pingo de alegria por aqui, tudo foi feito em tons escuros, dando um verdadeiro "bat-toque" à coisa toda.
O jogo não segue necessariamente a história do filme, então você não verá cenários tão familiares aqui, na verdade eles são semelhantes a cenários genéricos de side-scrollers, mas com o já citado "bat-toque", deixando claro que tudo se passa em Gotham, seja nas ruas, na fábrica ou no subterrâneo.
Mas pra garantir que você pense dessa maneira, há cutscenes incríveis. Se você for realmente um fã do Batman vai pirar na primeira cena, em que o Batmóvel surge seguindo em direção ao cenário, e o Batman sai do carro. As cutscenes aqui são de excelente qualidade e não deixam a dever pros jogos mais recentes.
A trilha sonora contribui ainda mais para o jogo. Ela é simplesmente arregaçadora e combina perfeitamente com todo o jogo. Ela é séria e ao mesmo enérgica, transmitindo toda a seriedade do jogo, o que a une totalmente ao cenário. Claro que não se compara ao trabalho de Danny Elfman, mas não estou exagerando ao dizer que ela está em nível bem acima da média.
Batman é um típico side-scroller dos anos 80, porém com o bat-toque, tudo fica sempre melhor.
Existem cinco níveis aqui, e você deve chegar de um ponto a outro varrendo os bandidos do mapa no caminho. Você encontrará malucos com armas, malucos com lança-chamas, malucos ninjas, máquinas malucas e muitas outras maluquices. Eu sei que minha explicação é meio redundante, mas não há muito o que acrescentar nessa parte.
Mas não podemos esquecer que estamos falando do Maior Detetive do Mundo aqui, o que sempre traz algo mais. Como as bat-bugigangas são parte essencial do seu arsenal, claro que você poderá usá-los aqui. No caso, são somente três, o batrang, o bat-shuriken e o que parece ser uma arma de fogo (mesmo que Batman tenha sempre recusado a usar uma , mas tudo bem), além de seus próprios punhos. Você não possui munição ilimitada pra nenhum deles, mas infelizmente todos eles compartilham do mesmo contador, ou seja, se você gastar munição de um acaba gastando a munição de todos.
Batman também utiliza um elemento meio incomum em side-scrollers, mas é famoso em muitos outros jogos, o wall jump. Pros noobs da vida que não sabem o que seja, é quando o carinha pula numa parede, se segura nela, toma impulso e pula para o outro lado. Muitos personagens demonstraram essa habilidade em vários jogos, como Mario, Alex Kidd e Ryu Hayabusa. Em Batman, essa é habilidade é muito bem aplicada, praticamente essencial para se prosseguir no jogo.
Principalmente levando em conta, a dificuldade chutadora de bundas desse jogo. Batman faz jus ao legado de jogos impiedosos do NES, mostrando que, se você não é um menino-prodígio, prepare-se para se ferrar muito nesse jogo. Felizmente, há infinitos continues aqui, então não chega a ser desesperador, mas não quer dizer que seja tranquilo.
O que eu posso dizer? É um jogo fantástico. É difícil de doer, mas é um excelente jogo na minha opinião. Creio que eles acertaram com tudo que podiam tudo, os cenários são fantásticos, a música é perfeita e Batman, como sempre, combatendo o crime, como ele faz a mais de 70 anos.
E no próximo artigo, veremos uma Gotham mais dark, mais sinistra, com vilões ainda mais aterrorizantes e jogabilidade mais simples e repetitiva.
E aí, já dançaram com o demônio sob a luz do luar hoje?
Por hoje é só, bat-pessoal!
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