Só pra começar, esse não é o jogo de merda do qual pretendia falar. Eu fiquei enrolando nesse feriado e não o joguei apropriadamente, então usarei esse jogo como tapa-buraco. Claro que essa é uma oportunidade, já que estava pensando em falar sobre jogos do Game Boy. Além do mais, qualquer coisa com Uno é bom.
Pra quem não sabe, Uno foi criado por um barbeiro húngaro chamado Merle Robbins. Ele criou o jogo pra resolver uma discussão com o filho sobre Oito Maluco. Os direitos sobre o jogo foram comprados pela Mattel em 1992 e desde então, ele se tornou um fenômeno mundial, gerando inúmeras versões, além de várias temáticas, como personagens de desenhos e jogos. Claro que surgiram vários games baseados nele.
O game que eu vou falar foi lançado para o Game Boy Color pela Mattel Games em 1999.
Vamos ver quem grita primeiro?
Pra ser sincero, não vou enrolar vocês.
Esse jogo não tem nenhuma história, é basicamente uma versão eletrônica de Uno, só que sem a graça de você poder espiar as cartas dos seus adversários.
Sim, eu sei. Não tem muita graça.
Os gráficos são legais. Há quatro cenários diferentes. Em cada cenário, as cartas estão desenhadas de maneira diferente, o que traz uma certa variação, já que não há muito jogo. Mas eles poderiam ter feito muito mais cenários, pelo menos eu acharia legal.
A animação também é competente. É como se fosse um jogo de cartas do computador, só que menor.
Eu também achei legal a animação da cartinha. A carta aparece toda vez que se usa uma carta especial, seja uma mudança de cor ou uma daquelas cartas +2 e +4. Assim como as cartas, em cada cenário, ela está de um jeito diferente e suas aparições também mudam. Admito que é legal no começo, mas pode te desagradar um pouco durante o jogo. Felizmente, tem como você desligar essas animações antes que o jogo comece.
Minha única reclamação é a trilha sonora. Há uma única música durante as partidas e ela se repete num loop infinito. E ela é muito irritante. Felizmente, você também pode desligá-la antes do jogo. Eu recomendo isso.
A jogabilidade é bem simples e meio que limitada.
Como eu disse, o jogo não passa de um Uno eletrônico. Então, se você sabe as regras, você pode jogar tranquilamente. Caso você não saiba, deixe-me explicá-las.
Existem cartas de quatro cores e cada cor tem cartas com números de 0 a 9. Também há cartas de ação, que permitem trocar a cor da rodada, inverter a ordem das jogadas e fazer os adversários comprarem cartas. Na sua vez, você deve jogar uma carta da mesma cor e/ou do mesmo número que está no topo da mesa. Se você não tiver uma carta dessas, você tem que comprar uma carta do monte. Quando você estiver com uma só carta na mão, grite "UNO!", pois se seu adversário gritar primeiro você terá que comprar mais duas cartas. Quem ficar com a mão vazia primeiro, vence.
As partidas são relativamente customizáveis. Você pode determinar o número de jogadores, entre 2 e 4, o limite de pontos necessário para vencer uma partida, o cenário, o som de fundo, a velocidade da partida e a dificuldade.
Há duas modalidades, Uno e Challenge Uno. A única diferença é a contagem de pontos. Em Uno, o vencedor toma os pontos das cartas que os outros jogadores estavam na mão. Se o limite de pontos determinado for atingido, o jogador ganha. Em Challenge Uno, o vencedor não ganha nenhum ponto, mas os perdedores acumulam os pontos na sua mão. Se o limite de pontos determinado for atingido, os jogadores são eliminados do jogo e quem sobrar vence.
Obviamente, há a opção de usar o cabo Game Link e curtir uma partida multiplayer. Como eu jogo no computador, não sei como essa opção funciona, mas provavelmente é a mesma coisa, mas com adversários de verdade.
Uno é um ótimo. Eu adorava jogá-lo na escola, com meus amigos. Essa versão do Game Boy é bem semelhante ao jogo de cartas de verdade, e pra mim é o suficiente. Claro que é muito mais legal no multiplayer, já que é um jogo de cartas. Se você tiver um Game Boy, dê uma chance pra ele.
E não se preocupem. Semana que vem, falarei de um jogo ruim. Só estou indeciso entre um cara vestido de coelho, um surfista cósmico e um caçador ET. Qual vocês acham que eu devia falar?
Por hoje é só, pessoal!
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