sábado, 4 de junho de 2011

Mighty Morphin Power Rangers


OH YEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAH!!! Agora sim estamos lidando com puro poder!!!

Se você foi criança nos anos 90, você com certeza os conhece. Os Power Rangers se tornaram não só ídolos da criançada, mas de uma geração, mesmo que muitos tenham vergonha de admitir que assistiam. Eu não. Eu assistia mesmo e ainda os adoro. Se as pessoas não entendem, não posso fazer nada.

Como esperado, o sucesso avassalador da série não ficaria só na TV. Eles também apareceram em gibis, brinquedos, fantasias e claro, games.

Mighty Morphin Power Rangers foi um Side-Scroller de ação lançado pela Bandai em 1994 para o SNES. Inspirado na série, o jogo lhe dava a oportunidade de se tornar um ranger e salvar o dia.

Mas será que essa oportunidade vale a pena?

É HORA DE MORFAR!!!


O jogo, apesar de baseado na série, não se passa em nenhum momento específico dela, mas também não foge do roteiro básico.

Rita Repulsa, pra variar, tem mais um plano para conquistar a Terra, e cabe a você, Ranger, descer a porrada nos seus soldados de argila e monstros, estragando o dia dela mais uma vez.

Você pode escolher entre um dos cinco Rangers originais, no caso, Jason, Billy, Zack, Trini e Kimberly. Agora me permitam fazer uma singela reclamação.

CADÊ O TOMMY?

Eles são loucos ou o quê?! Trazer um jogo de Power Rangers sem o preferido de onze entre dez crianças? Se ele fosse um personagem secreto, tudo bem, ia até ser mais legal, mas ele não fez uma única aparição, nem na forma má dele. Pra mim, isso já é um péssimo começo.

DRAGONZORD!!!!


Os cenários são bem construídos. Eles são bem coloridos e não têm nenhum defeito aparente.

Os Rangers também foram bem feitos. Cada um deles tem uma maneira própria de andar, pular e atacar na forma civil. Na forma transformada, entretanto, eles parecem iguais. Até o capacete parece o mesmo.

Mas há alguns detalhes que poderiam ter sido melhorados. Billy parece muito mais desengonçado aqui do que na série, se tornando ainda mais nerd. E Kimberly e Trini praticamente dobram de tamanho depois que morfam. Mas o pior ainda está por vir.

Algum de vocês sabem o que é Blackface? Se a resposta for não, Blackface é uma forma de maquiagem usada em certos shows na qual os artistas criavam uma caricatura estereotipada de pessoas negras, no intuito de fazer piadas com elas. Atualmente, esse tipo de caracterização é considerado racismo e é motivo de vergonha para os negros, que por muitos anos foram caracterizados assim em desenhos, como os Censored Eleven e até em games, como em Square's Tom Sawyer, para o Famicom. Mas você deve estar se perguntando porque eu estou gastando um parágrafo com isso.

Pois bem, clique no link acima e depois clique na segunda imagem. Agora compare ela com o rosto do Zack. Percebeu?

DESENHARAM O ZACK COM UMA CARICATURA RACISTA!!!

Por quê? Já não basta a papagaiada das cores (um negro como Ranger Preto e uma asiática como Ranger Amarela), agora me vem os programadores do jogo e fazem isso? O que eles tomaram? Excluíram o Ranger Verde e usaram uma caricatura racista. Era só o que me faltava.

A trilha sonora é mediana. Não tem aquele destaque especial, mas também não te irrita nem te atrapalha, o que pra mim já conta. Como não poderia deixar de ser, o tema icônico da série também está presente, no momento em que seu personagem morfa.

O controle também é simples. Você pode atacar, pular e usar um ataque especial. Só há um detalhe que pode te atrapalhar.

DETONADOR DO PODER!!!!


A progressão do jogo é lateral, você segue da esquerda pra direita. No caminho, você pode encontrar com vários tipos de Patrulheiros de Massa e eventualmente, os monstros enviados por Rita.

E olha que são vários tipos mesmo. O único que vi na série foi o cinza. Aqui, tem patrulheiros verdes, rosas, azuis, amarelos... Por que será que Rita nunca os usou na série? Perguntas e mais perguntas.

Há sete fases no jogo, chamadas de áreas. Cada área se divide em duas partes. A primeira é onde você luta na forma humana e só possui ataques físicos. No meio da fase, você dá de cara com o chefe dela e é aí que você morfa. Depois de morfado, seu personagem fica mais forte e ao invés de atacar com as mãos, você ataca com sua Arma do Poder, dependendo de qual Ranger escolheu.

E é agora que explico o controle. Como em todo jogo do tipo, ao ficar apertando o botão de ataque , você cria uma sequência de ataques, o chamado combo. Aqui, isso é mais complicado, pois pra fazer um combo, você precisa apertar o botão rapidamente, senão não dará certo. Isso sem falar que, se você chegar muito perto de um inimigo, você automaticamente o agarra e o joga no chão. Pode te ajudar algumas vezes, mas isso quebra seu combo, o que pode irritar um pouco.

E não podemos esquecer do ataque varre-tela. Depois que você morfa, você ganha acesso a um ataque especial, que invoca o poder de um Dinozord, dependendo do Ranger, e dizima completamente os inimigos, além de ajudar naquela hora decisiva contra o chefão. Mas você pode usá-lo uma única vez, então escolha bem o momento de apelar pra ele.

Minha última reclamação é sobre o Megazord. Veja bem, é sempre irado lutar como um robô gigante, mas ele só aparece nas duas últimas fases. Nessas áreas, o jogo assume a forma de uma luta. Você e o inimigo possuem uma barra de vida e uma barra de especiais, que lhe permite usar quatro ataques diferentes, dependendo do quanto ela estiver cheia. A parte ruim é a última luta, na qual o inimigo possui duas formas diferentes, só que quando ele se transforma, você continua com a energia que estava na luta anterior, então prepare-se pra ralar.

MEGAZORD ATIVADO!!!!

Não, eu nunca me canso disso.


No fim das contas, o jogo é legalzinho. Se eles estivessem se esforçado um pouco mais, esse jogo se tornaria um clássico ainda mais grandioso, mas é sempre bom espancar soldados de massa.

Pro próximo jogo, uma pergunta: por que a roupa da Ranger Amarela não tem uma saia como a da Ranger Rosa, já que as duas são garotas?

A resposta: Super Sentai.

Mas que coisa é essa? Semana que vem eu respondo.

Por hoje é só, pessoal!

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