domingo, 1 de maio de 2011

The Bugs Bunny Crazy Castle


Se alguém lê isso, desde já peço desculpas. Fiquei meio ocupado nesse feriado acabando com minha caixa de bombons Nestlé e um pouco enrolado no meu Pré-Vestibular, então, foi mal. Mas nada de desânimo, vamos reviver um pouco do espírito da Páscoa. E qual o melhor jeito de fazer isso do que falando do coelho mais famoso do mundo?

The Bugs Bunny Crazy Castle foi um jogo de labirinto lançado em 1989 pela Kemco. Ele foi o pontapé inicial de uma série de jogos "Crazy Castle" e recebeu 4 continuações, além de uma versão para o Game Boy no ano seguinte.

O que eu já posso dizer do jogo? Bem... acho que nem as mil vozes de Mel Blanc poderiam expressar o que eu senti por ele.


Eu confesso. Não sei a história desse jogo. Quero dizer, eu até sei, mas tive que pesquisar um pouco pra chegar até ela. Pelo que entendi, a namorada do Perna, Honey Bunny, foi sequestrada e levada a esse castelo. Agora cabe ao coelho e sua sorte infalível (e põe infalível nisso) adentrar essa fortaleza do mal e resgatar a coitada. Não leva um 10 no quesito criatividade, mas dois terços dos jogos da época se tratavam disso, então eu perdoo dessa vez. Claro que não será fácil, afinal Frajola, Patolino, Coiote e Eufrazino vão fazer de tudo para te atrapalhar, já que eles são os sequestradores.

E agora que eu escrevi isso, parei e pensei: POR QUE ELES FIZERAM ISSO?! Se você também é fã de desenhos, entende minha reclamação. Frajola fica caçando o Piu-Piu o tempo todo, Coiote está sempre ocupado elaborando planos falhos pra comer o Papa-Léguas, Eufrazino certamente prefere algo que envolva armas e muita violência e o Patolino gostaria de reviver os velhos tempos com o Gaguinho (pesquisa pra você ver). Então, não há base pra eles sequer pensarem nisso. Mas eu não crio roteiros de jogos, o que eu sei?


Os gráficos não são lá essas coisas. Eles são bem simples, mas não muito atraentes. Não há muita variação de cores, a não ser por parte de inimigos. As fases, entretanto, enjoam um pouco, já que só há três tipos: Castelo, Caverna e Encanamento. Nos dois primeiros, você dispõe de escadas para facilitar a locomoção. No terceiro, como o próprio nome diz, você se movimenta por canos. Mesmo que tenha três tipos e várias formas, depois de um tempo, você se cansa.

Os personagens também não são bem representados. O Frajola aparenta ser muito mais malvado nesse jogo, como se alguém tivesse comido o Piu-Piu antes dele. O Patolino, o Coiote e o Eufrazino, apesar de estarem melhor desenhados, também não são agradáveis de se ver. Acho que o único que ficou feio aqui foi o Pernalonga. Ele não parece muito com o desenho original. Dá até pra pensar que ele foi mais mal-desenhado que os próprios inimigos.


Se a história e a aparência já te desagradaram, a jogabilidade então...

O jogo é basicamente uma sequência de labirintos. Pra você avançar, você tem que coletar todas as cenouras espalhadas pela fase.

Até aí, tudo bem. O jogo não parece tão ruim. É só mais um jogo licenciado. O problema de verdade são os controles e a duração.

Os controles são duros e parecem escorregadios. Você não pode pular, o que pode dificultar um pouco. Toda vez que o Perna cai de uma beirada, ele sempre dá um passo a frente, não sei por quê. Além das escadas no fundo, há escadas laterais. Se você sobe por elas, não há problemas. O estranho é quando você desce. Se você desce uma delas, você só para no final. Piora quando tem um inimigo na ponta, pronto pra te dar aquele abraço.

Os inimigos servem pra piorar ainda mais. Como pulo não faz parte do arsenal, há duas maneiras de matá-los: ou você derruba um peso em cima dele, no melhor estilo lunático, ou atira uma luvinha, que você coleta pelo cenário. Só que nunca há o suficiente pra você limpar os corredores, e como não há um padrão de movimentação, você nunca sabe quando vai dar de cara com eles.

E para fechar com chave de ouro, a duração. Quando eu digo duração, quero dizer o número de níveis que esse jogo tem. Sabe quantos níveis essa bagaça tem?

80.

Você não leu errado. Esse coiso tem 80 níveis. Aí eu pergunto: POR QUE 80 NÍVEIS?! Se fosse 30 ou 40 níveis, ia ser chato porém compreensível. Mas 80? O jogo não é nem capaz de te prender por tanto tempo. Eu cheguei até a fase 36 e já estava enjoado dele. Admito que os passwords (aquelas senhas que você usa pra ir até o ponto em que você parou sem precisar jogar tudo de novo) são bem simples, o que pode facilitar sua vida, mas não compensa esse número enorme de fases.


Minha declaração final é de desaprovação. A não ser que você seja um daqueles gamers hardcores que adoram zerar esse tipo de jogo pra se gabar por aí (mesmo que pouca gente se importe), eu não recomendaria esse jogo pra ninguém.

A propósito, não se preocupem mais. Prometo que posarei fielmente todo o fim de semana. Talvez eu poste no meio da semana pra compensar esse feriado.

E, definitivamente, chega de castelos loucos. Na próxima, falarei de castelos encantados.

Por hoje é só, pessoal!

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