E cá estou eu novamente, pra terminar com a dose dupla desse fim de semana (se bem que hoje é o começo, mas vocês me entenderam). Pois bem, após falar sobre o clássico Gradius, vamos falar de sua versão escrachada, Parodius!
Parodius é uma série de Shooters horizontais criada pela Konami em 1988. Como o próprio nome diz, a ideia da série nada mais é do que tirar sarro das grandes franquias da empresa, como o já citado Gradius. Parodius Da! é o segundo da série e foi lançado em 1990 para os arcades, recebendo vários ports depois, como o do Super Famicom (o SNES japonês). Infelizmente, a série nunca veio para o nosso lado do mundo, mas os jogos podem ser encontrados na net.
Agora, vamos começar o espetáculo.
O jogo em si se trata de uma enorme zoação, então basicamente não há história.
Os caras realmente viajaram com esse jogo. Pegaram tudo de mais louco que eles podiam imaginar, misturaram com a jogabilidade de Gradius, acrescentaram algumas referências ao folclore japonês e BAM! Eis o jogo.
Claro que não para por aí. Parodius não zoa apenas com Gradius e sim com todas as principais franquias da empresa.
Eis os protagonistas: Vic Viper, a nave estrela de Gradius, que aqui é auto-consciente, TwinBee, protagonista da série de shooters homônima (e da qual pretendo falar), Pentarou, estrela de Antarctic Adventure, joguinho muito maneiro e que duvido que vocês sequer tenham ouvido falar e Takosuke, personagem original da série que surgiu no primeiro Parodius.
Já deu pra imaginar a bagunça, né? Agora, vamos dar uma piorada nas coisas.
Brincadeira. A coisa só melhora.
Como já é esperado da máquina que é o SNES, o visual não é nada menos que impressionante. O jogo é muito colorido e animado, demonstrando justamente um clima alegre, afinal o game é uma comédia.
A animação é incrível também. Tanto os personagens quanto os inimigos têm uma movimentação fluente, sem traves ou slowdowns.
A variedade também é grande, assim como a criatividade. Tem de tudo aqui, desde seringas voadoras até coelhinhas da Playboy flutuando em bolhas. A equipe de desenvolvimento realmente chutou o balde.
A trilha sonora, então, é arregaçante, mas positivamente. A maior parte das músicas do jogo são, na verdade, remixes de músicas clássicas. Sério. Imagine você metendo chumbo grosso em pinguins ao som de Chopin. Aposto que você nunca chegou nem perto de imaginar isso. Graças a isso, ao contrário de muitos outros jogos do gênero, a música é um destaque à parte. Há também remixes de músicas-temas dos jogos dos quais cada um veio. Você com certeza vai reconhecê-las de cara. Esse estilo de OST veio a se tornar uma característica da série e, vai por mim, as músicas são boas de verdade.
A jogabilidade foi praticamente copiada e colada de Gradius. A movimentação, a progressão, até a Power Meter eles usaram. Mas vamos por partes.
A movimentação é lateral, ou seja, a tela corre da direita pra esquerda, e você só pode movimentar seu personagem horizontalmente, tipo pra cima e pra baixo, mas não se resume só isso, claro.
A progressão também veio do shooter espacial. Não há uma separação clara de fases. Você segue jogando, sem lenço e sem documento, sem se importar em qual fase você está.
Como disse antes, há quatro personagens selecionáveis, cada um com características e poderes próprios. Até a música entre-fases e a Power Meter é diferente. Apesar disso, eu acho que é mais questão de gosto mesmo.
Vic Viper é praticamente a mesma do jogo original, com os mesmos poderes. Eu a considero o melhor personagem. Takosuke é o mais fraquinho, mas possui um ótimo laser. TwinBee também não se difere muito do original e seu míssil é o mais forte. Pentarou, bem... é tão bom quanto um pinguim voando no espaço pode ser.
Como já falei da Power Meter umas duas vezes, hora dos power-ups. Há dois tipos aqui, os poderes da Power Meter e os Bell Powers. O primeiro tipo é semelhante ao sistema de Gradius, você coleta itens especiais e vai acendendo os quadradinhos da barrinha até o power-up que você quer. Os Bell Powers vêm de TwinBee. Quando você enxergar um sino, atire nele até que ele mude de cor. Cada cor indica um poder diferente, desde uma bomba nuclear até megafones assassinos.
História esdrúxula, fases muito esdrúxulas, inimigos ainda mais esdrúxulos,... Parodius foi criado para ser uma piada, e na minha opinião, cumpriu seu papel.
Acho que os gamers deviam esquecer um pouco os fuzileiros espaciais e curtir games mais simples e leves. Se forem engraçados como esse, então, é melhor.
Antes de ir embora, uma pista do próximo jogo: PRECISAMOS DO PODER DINOZORD!!
Ah, os bons tempos...
Por hoje é só, pessoal!