terça-feira, 25 de setembro de 2012

Final Fight 2



E cá estamos nós (eu imagino que alguém leia isso aqui), continuando o mês especial do MEU aniversário com duas trilogias que marcaram a vida de muitos gamers. Agora, voltemos para o jogo do dia.

Final Fight 2 é um jogo para SNES lançado pela Capcom em 1993 (que coincidência, eu também!). Mas ao contrário de seu antecessor, ele não foi uma conversão doméstica e sim uma sequência original derivada do sucesso do primeiro jogo. Não estou mentindo ao dizer que Final Fight 2 é uma versão melhorada do primeiro, com todos os recursos e melhorias possível para torná-lo um jogo superior.

É hora de vingança!


Um tempo se passou após a destruição da terrível gangue Mad Gear e o resgate de Jessica pelas mãos de seu namorado Cody, seu pai e prefeito de Metro City Mike Haggar e o amigo convenientemente ninja Guy. Após esse incidente, Haggar continou a expurgar o crime da cidade, já que os bandidos mais perigosos estavam fora do caminho. Ou era isso que eles pensavam.

Secretamente, os membros restantes se reagruparam e, com um novo líder, começaram a arquitetar uma terrível vingança. Eles sequestraram a noiva de Guy, Rena, junto com o pai dela e sensei do Guy, Genryuusai. Já que o cara simplesmente sumiu do mundo, a irmã mais nova de Rena, Maki, pede pela ajuda de Mike, que junto de seu amigo Carlos Miyamoto, parte para a Eurásia e, junto com menina, socam alguns bandidos.

O que me faz levantar muitas questões. A Mad Gear era a maior gangue de Metro CIty, mas eles foram praticamente desmantelados nos eventos do primeiro jogo. Como eles conseguiram dinheiro para viajar para a Eurásia e sequestrar dois ninjas? Eles são uma organização internacional e a gangue de Metro City era apenas uma subdivisão? Ou algum dos membros ganhou uma herança na sorte e conseguiu os recursos.

E outra: eu entendo que jornadas de treinamento são importantes e tal, mas um cara não ficaria sem reação ao saber do desaparecimento de sua noiva, a não ser que ele não esteja afim de se amarrar e veja isso como  uma oportunidade de se livrar do compromisso, o que é bem cruel da parte dele.


Como Final Fight 2 não é simplesmente uma conversão de um jogo já existente, há uma melhoria significativa nos gráfios.

As cores estão muito mais fortes do que no jogo anterior. Os contornos dos personagens estão bem mais detalhados. Haggar está ainda com mais musculos, Carlos lembra um pouco Cody em postura e Maki uma versão infante e menos indecente da Mai Shiranui, além de loira.

Ao contrário do jogo anterior que se limitava aos bairros de Metro City, o jogo se passa em diversos lugares que, pela ordem de aparição são Hong Kong, França, Holanda, Inglaterra, Itália e Japão. Os cenários são simplesmente um show, muito bem construídos e incrivelmente detalhados. Você pode se divertir batendo nos bandidos e observar o que ocorre por trás da luta.

Como já disse, os personagens estão ainda mais detalhados, porém eu acho que os sprites ficaram um pouco menores. Os vilões são totalmente diferentes dos do primeiros, apesar de algumas semelhanças. Os únicos vilões que retornaram foram o gigante Andore, que acabou se tornando uma marca registrada da série e Rolento, o chefe excluído de Final Fight.

A trilha sonora também não é muito parecida que o anterior, mas possui melhor qualidade e é bem agradável quanto, apesar de eu tê-la achando um pouco "genérica". Não sei como explicar, mas tanto as músicas desse jogo quanto do primeiro não me deixaram animado e nem me influenciaram de nenhuma maneira. Eu as peguei pra ouvir depois e elas ficaram na minha cabeça um pouco, mas não me marcaram mais. Eu sei que isso não é um bom método de julgamento, mas espero que entendam o quis dizer.


A jogabilidade, entretanto, não mudou nada. E quando eu digo nada, é nada mesmo.

Tudo que você tem que fazer é andar e socar. Assim como no primeiro jogo, a visão é lateral, você pode andar de um lado pra outro em um ângulo meio isométrico (espero que não esteja errado, geometria não é meu forte). Você varre o chão com os inimigos pra então ser varrido pelo chefe. Você tem ataque simples, pulo e ataque especial, além de poder segurar seus inimigos para socá-los ou então jogá-los em cima de outros.

Carlos substitui Cody como o tipo equilibrado, com um bom arsenal de ataques, mas ele pode finalizar com a espada em certos momentos (por que ele não a usa o tempo todo é um mistério pra mim). Haggar continua sendo aquele tanque de guerra, com socos pesados e usos de técnicas de curto alcance, como pilões. Maki é a veloz do grupo, com mais agilidade e com algumas técnicas ninjas em seu arsenal. Você também pode usar três armas, uma tonfa, um pé-de-cabra e uma faca. Você também pode arremessar barris.

Assim como no anterior, você pode recarregar sua energia comendo um delicioso pernil assado ou bebendo uma garrafa de refri achados debaixo de latas de lixo. Além disso, há dois tipos de bonecos, um do Genryusai, que dá invulnerabilidade por alguns segundos, e um boneco do Guy, que dá uma vida extra.

Você pode controlar a dificuldade, assim como em diversos jogos do gênero, mas cada uma delas revela um pedaço do fim. Para liberar o fim completo, só jogando no modo expert. Mas dessa vez, há um modo cooperativo liberado e até mesmo um código que permite que os dois jogadores escolham o mesmo personagem.


Final Fight 2 é melhor. Sim, a jogabilidade é repetitiva, mas isso acontece com todo o jogo do gênero. Os incrementos em comparação ao primeiro jogo o tornaram melhor e mais divertido e não há dúvidas de por que este jogo é considerado um dos melhores do SNES.

Mas se George Lucas nos ensinou alguma coisa, é que tudo fica melhor em uma trilogia (até você ficar gagá, claro). A lenda de Metro City ainda não chegou a um final.

Por hoje é só, pessoal!

3 comentários:

  1. Olá, eu vim para falar que sua análise foi copiada descaradamente pelo blog SNES 1990. Tá aqui o link:
    http://snes1990.blogspot.com.br/2012/11/final-fight-2.html

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  2. A respeito do Guy "não se importar", não se esqueça que não havia (ou ao menos não era comum) telefone celular na época. O cara saiu em treinamento, quem poderia encontrá-lo?

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