Final Fight 3 foi um beat-em'-up da Capcom lançado em 1995 para o SNES. Como acabei de dizer, é o último jogo da série Final Fight e, de certa forma, reflete o clima da época em sua jogabilidade, que lembra muito jogos de luta. Ao ver as reclamações sobre a jogabilidade repetitiva do jogo anterior, a Capcom realmente deu uma incrementada no jogo. Vamos decidir se isso foi para o melhor.
É hora do duelo! Não, pera...
Após uma aventura pelo mundo, a terrível gangue Mad Gear foi eliminada. Graças aos esforços valorosos do prefeito Mike Haggar e de seus amigos (como Haggar é quem geralmente partia na frente para o resgate, eu o considero líder e protagonista), esses bandidos encontraram seu fim e deixaram tanto Metro City quanto o planeta em paz.
Mas se há uma coisa que aprendemos com vilões de quadrinhos, sempre vai ter alguém disposto a tomar seu lugar.
Sai a Mad Gear, entra a Skull Cross, uma gangue ainda mais perigosa que a anterior. Dispostos a fazer Metro City cair no crime novamente, eles preparam um ataque aos bairros mais distantes e tomá-los como seu território.
Claro que um prefeito como Mike Haggar não poderia deixar isso passar quieto. Com a ajuda de Guy, que havia voltado de sua jornada de treinamento, Lucia, uma detetive da Unidade de Crimes Especiais, e Dean, um lutador de rua que teve os pais mortos por membros da Skull Cross, ele parte para mais uma cruzada contra as forças do mal.
Mas ao contrário dos anteriores, o jogo possui finais diferentes, dependendo do personagem escolhido, do caminho usado e da dificuldade selecionada, o que é uma melhoria de respeito, se me permite dizer. Adoro jogos com múltiplos finais.
Pra ser honesto, não vejo tanta diferença em relação à qualidade desse em relação ao segundo. Pra ser honesto, ambos são incríveis.
Os cenários voltaram a ser urbanos, afinal o jogo ocorre em Metro City novamente. Os cenários são bem parecidos com os do primeiro jogo. Pode até considerar os novos versões remasterizadas dos antigos, porém certamente melhores e belamente detalhados, assim como no segundo jogo.
Quando aos personagens vemos grandes mudanças. Quero dizer, Haggar e Guy continuam o mesmo de antes, com sua calça verde e seu trejeitos vermelhos respectivamente. Lucia veste uma roupa curta demais para os padrões da corporação que expõe seu corpo para diversos ataques e Dean parece realmente um lutador de rua, mas com um penteado bizarro e uma bela lapa de nariz. E os vilões sofreram uma repaginada total. Apesar de alguns manterem um ar de genérico e até lembrarem outros vilões, eles ainda possuem um diferencial, já que se tratam de uma gangue completamente diferente.
A trilha sonora, não sei por quê, me soou diferente. Talvez eu esteja exagerando, mas ela realmente me empolgou dessa vez. Eu realmente curti essas músicas e eu as peguei pra ouvir depois. Inclusive, a música do primeiro estágio, cujo nome é " For Metro City" é usada no jogo Street Fighter Alpha Antolhogy como tema de Guy em um modo de um jogo secreto.
A jogabilidade de Final Fight foi incrementada e saiu um pouco do bom (há divergências) e velho "aperta e soca".
Na verdade, ele ainda está aqui. Seu objetivo primário ainda é seguir pelos seis estágios, socando capangas e humilhando os chefes da Skull Cross, parando para um ou outro bônus. Você pode usar combos básicos, mas dessa vez, você poderá usar deslizes nos seus ataques, de uma maneira similar a Captain Commando. Você também pode agora agarrar o inimigo por trás (mas sem indecência), jogá-los e até se mover com eles.
A influência de Street Fighter é poderosa aqui. Os personagens possuem agora uma barra de combo que se enchem a cada ataque normal usado pelos personagens, assim como em Super Street Fighter II Turbo (Eta nominho longo). Quando cheia, um personagem pode excecutar um super-ataque, ativado por um comando específico, o que esvazia a barra. Se você demorar muito e não usá-la, a barra esvaziará automaticamente.
Já citei que a trilogia Final Fight se passa no mesmo mundo de Street Fighter, o que justifica as aparições dos personagens nos jogos e spin-offs dá série? Se não, antes tarde do que nunca.
As armas também estão presentes aqui no jogo, porém cada um dos personagens possui afinidade com uma arma específica. Pegando a arma certa, você pode usar um poderoso ataque finalizador, que pode fazer a diferença. Não podemos nos esquecer dos crássicos itens restauradores que, assim como as armas, podem ser encontrados debaixo de objetos quebráveis.
Pra mim, Final Fight 3 é o melhor da série. Ele realmente fez o que alguns jogos tentam mas não conseguem, que é melhorar o próprio gênero (explicarei melhor em novembro). Sim, esses extras foram descaradamente copiados de Street Fighter, mas roubar de si mesmo não é necessariamente roubar.
E agora que fechamos a metade SNES da torta, é hora de comermos a metade Mega Drive. Vamos passear por ruas de pura fúria a seguir.
Por hoje é só, pessoal!