Devo ter dito isso antes, mas não sou chegado em carros ou o gênero rock e seus derivados. Mas, para alegria do mundo, sou parte de uma minoria absoluta, já que a maioria dos homens amam essas coisas, ao ponto da obsessão. Imagine agora um jogo que junte essas duas coisas.
Sim, ele existe e se chama Rock n' Roll Racing.
Desenvolvido pela Silicon & Synapse (hoje conhecida como Blizzard Enterteinment) e publicado pela Interplay para Super Nintendo e Mega Drive, além de receber um port para o Game Boy Advance, Rock n' Roll Racing é um títulos mais memoráveis dos anos 90 justamente por essa temática rock, que era rara pros jogos da época.
Então, a pedido do meu primo Thiago, que está morando em Brasília no momento, eis Rock n' Roll Racing pra vocês.
Let the carnage BEGIN!
O jogo gira em torno da Indy Supercup, um campeonato interplanetário de corridas cujo foco não é apenas a competição entre os carros, mas sim a batalha entre eles, valendo muito dinheiro. Todos os anos, vários seres do universo competem nessas corridas assustadoramente emocionantes.
Cada um dos corredores possui uma motivação diferente pra correr. Snake Sanders quer provar que os humanos também podem sobreviver ao desafio, Cyberhawk quer apenas vencer, Ivanzypher quer mostrar que é digno de participar da competição como qualquer outro, Katarina Lyons acredita que mulheres também podem vencer a competição, Jake Badlands quer usar o prêmio como caridade e Tarquinn quer ser o melhor de todos.
Obviamente, há outros competidores para atrapalhar seus objetivos. Em cada planeta da competição, você terá um rival diferente, com um objetivo próprio, além de outros dois corredores genéricos. Viper MacKay quer simplesmente lutar, Grinder X19 foi criado para vencer, Ragewortt é um príncipe que deve derrotar os melhores para herdar a coroa, Roadkill Kelly é um assassino que quer matar os competidores, Butcher Icebone quer provar sua superioridade e J.B. Slash, o campeão invicto do torneio, quer continuar a vencer e ser pago. Os outros dois corredores são Rip e Shred, gêmeos filhos de um famoso empresário que querem apenas continuar a correr.
Ah, e não podemos nos esquecer do personagem secreto: Olaf, de The Lost Vikings, outro jogo do mesmo estúdio, além de outro sucesso. Olaf quer apenas mostrar que é tão capaz de correr do que qualquer outro.
O jogo parece ter saído da mente de alguém que ouviu muitas horas de Black Sabbath, ou alguma outra banda famosa de rock que certamente não escuto.
A temática das é obviamente fora da realidade, pois elas não se passam na Terra. Pra tornar a coisa ainda mais surreal, os criadores da Indy Super Cup ficaram fascinados com o gênero musical terrestre conhecido como rock, daí o nome do jogo.
As pistas trazem todo aquele clima meio METÓL, com elementos como espinhos, caveiras e explosões, todos associados aos roqueiros da vida. Os cenários, ao contrário de Super Mario Kart, são destruídos, sinistros, condizente com a escuridão que envolve o rock.
Como são seis planetas diferentes, há seis tipos de cenários diferentes. Chem VI parece um parque industrial do Rock, Nho é um planeta gelado, Drakonis é um lugar realmente monstruoso, New Mojave é desértico, Bogmire é o mais normal e Inferno faz jus ao nome. Apesar de só mudarem as trajetórias das pistas, esse cinco cenários esbanjam... rockismo, por falta de palavra melhor.
A visão do jogo é isométrica, ou seja, você vê as corridas de cima, semelhante a Marble Madness. Pra você que, como eu, está acostumado com a visão frontal, vai demorar a se acostumar um pouco com isso. Mas levando em conta que o jogo envolve batalhas, essa visão isométrica combina muito mais com ele.
Pra fazer você realmente entrar no clima, a trilha sonora é toda licenciada, ou seja, só há músicas reais de rock aqui. Black Sabbath, Deep Purples, SteppenWolf, George Thorogood e Henry Mancini são os artistas que você ouvirá aqui. Na versão do Mega Drive, há até uma faixa adicional do Golden Earring. A trilha sonora do jogo foi um fatores que o levou ao sucesso que tem hoje.
E pra mostrar que a futura Blizzard não brincava nem nessa época, a corrida tem até narração. O narrador é Larry "Supermouth" Huffman, responsável por parte da diversão do jogo e do icônico "Let the carnage begin!" que eu escrevi no começo do artigo. Eu pessoalmente o achei irritante depois de um tempo, então desliguei.
O jogo é uma mistura de corrida e batalha, e sinceramente combina muito bem os dois.
São seis planetas, que eu já citei antes, com duas divisões, A e B. Cada planeta possui um número diferente de pistas, que aumenta à medida que você avança na competição. Para você avançar nas divisões e nos planetas, você precisa de uma pontuação mínima. Você ganha pontos ao chegar nas 3 primeiras posições, ganhando mais pontos se chegar em primeiro lugar. Quando você conseguir a pontuação mínima, você pode ir da Divisão B pra A, e depois, ir para o planeta seguinte.
Mas o jogo se destaca nas batalhas. Cada carro possui três itens cada: um turbo, uma arma de ataque direto e uma armadilha. Esses itens podem fazer toda a diferença na corrida. Cada carro possui uma barrinha de energia e quando ela acaba, o carro explode. Não há um limite de vidas aqui, mas pode custar uma vitória dependendo da situação. Mas não se preocupe, há kits de primeiros-socorros espalhados pela pista que podem salvar sua vida.
Dinheiro também é importante aqui. Você ganha dinheiro chegando no pódio, além de bônus. Você pode usar esse dinheiro pra melhorar o seu carro ou até comprar um novo. Você pode incrementar os equipamentos, o motor, a blindagem, os pneus e os amortecedores, tornando o seu carro uma verdadeira máquina de batalha.
Rock n' Roll é um clássico da infância de muita gente, como eu e meu primo. Nós ficávamos jogando isso direto, e foi ótimo ter a chance de jogá-lo novamente. Eu recomendo veementemente praqueles que gostam de corridas e rock 'n roll.
E o próximo jogo será... segredo!
Mas uma dica bem óbvia: eu o citei no texto.
Por hoje é só, pessoal!
Vlw Felipe, estou emocionado, faz um favor poe o link no final da postagem
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