sábado, 30 de junho de 2012

Batman - Return of the Joker


Pois bem, só falamos dos jogos baseados nos filmes, hora de um material mais original baseado no morcegão, dessa vez numa versão baseada dos gibis, afinal Batman não é só feito de filmes.

Batman - Return of the Joker é um jogo original produzido pela Sunsoft e lançado em 1991 para o NES e, apesar de ser um jogo mais baseado na versão dos gibis, alguns o consideram uma sequência do jogo baseado no primeiro filme, daí a parte do retorno.

Vamos ver agora uma verdadeira batalha entre o Maior Detetive do Mundo e o Príncipe Palhaço do Crime.

Why so serious?


A história segue um roteiro bem típico das histórias.

Coringa acabou de fugir do Asilo Arkham e com a ajuda de vários bandidos quer jogar Gotham ao caos, e cabe ao Batman derrotar todos esses bandidos e destruir os planos do Coringa.

Eu sei que a descrição é muito fraca, mas a história é praticamente essa. Não há participações de outros heróis ou vilões, é apenas Batman e Coringa, como sempre deve ser.

Mas como quero aumentar o texto, vou contar uma historinha pra vocês. Sabiam que o Alfred já tentou destruir a Dupla Dinâmica?

Nas histórias pré-Crise, Alfred se sacrificou para salvar os dois mas foi ressuscitado por um cientista louco, com uma aparência alterada, poderes super-humanos e um desejo de destruir os dois heróis. Usando outros como fantoches, como Zatanna e até o Batmóvel, mas durante sua primeira e única luta com Batman, ele foi atingido pelos raios regenerativos que o ressuscitaram da primeira vez e voltou ao normal, se esquecendo de tudo que fez como vilão.

Vocês também sabiam que o Alfred surgiu depois até mesmo do Robin?

Tudo bem, essas informações não são relevantes, mas gostei de escrevê-las mesmo assim.


A qualidade do primeiro jogo mantêm-se nesse segundo jogo.

O ambiente é fantástico, os gráficos são belíssimos, detalhados e muito bem construídos. A paleta de cores é mais extensa do que o primeiro jogo, mas ainda não perde aquele toque mais sério que faz parte do universo do morcegão. Mas dá pra dizer que o visual ficou mais cartunesco do que o jogo anterior.

Aliás, o jogo todo tem um ar mais cartunesco, o Batman está mais claro, os inimigos continuam genéricos e assim como no primeiro jogo, não há a participação de nenhum outro personagem do universo. Os sprites são de uma qualidade respeitável. Dá até pra fazer o Batman dançar ao ritmo da música ao apertar o direcional pra cima, que ele vira de costas.

A música, assim como todos os outros jogos, é fantástica e possui uma batida mais animada, mas não chega a ser tão séria e sinistra quanto às outras. Ela foi feita pelos mesmos caras que criaram a do Batman para NES e também é incrivelmente grudenta.

E é sempre bom fazer o Batman dançar.


O jogo é uma plataforma, assim como o primeiro jogo, porém a mecânica é diferente.

Ao invés de usar os punhos e uma gama de equipamentos, a única arma que você pode usar uma pistola. Havia vários power-ups, que davam a essa pistola diferentes projéteis como batrangs e projéteis multidirecionais. É de uma maneira muito similar a Contra e outros diversos Run-and-Gun. Entretanto não há mais a habilidade de wall jump pois as fases ficaram mais lineares e simples.

Além de power-ups e itens que regeneram energia, há também um item especial que acaba enchendo uma barrinha embaixo da barra de vida, Quando ela está cheia, Batman entrar em "Modo Super Sonic", fica dourado e não para de atirar. Eu posso estar enganado, mas não creio que o Batman tenha um poder ou equipamento desse tipo. Acho que leio menos gibis do que pensava.

Apesar de tudo, o verdadeiro destaque do jogo é sua dificuldade. No começo, tudo dá certo e você prossegue normalmente, mas ao chegar à terceira fase... todos chora. O jogo se torna cada vez cabeludo e os obstáculos te fazem chorar cada vez mais, fica simplesmente impossível prosseguir. Há também o detalhe de que, toda vez que você é atingido você cai pra trás, não importa o que aconteça. Algumas vezes, parece que você acaba sendo sugado pelo buraco. Infelizmente, é um difícil ruim, você acaba ficando frustrado e pode acabar desistindo infelizmente.


Batman ROTJ é um belo jogo. Apesar de eu ter desanimado alguns com o último parágrafo, é um jogo de plataforma muito divertido, a dificuldade pode te fazer sofrer bastante, mas se você quer testar sua persistência até o limite, esse jogo é pra você.

Pois bem amigos, com este jogo encerro este mês especial dedicado ao nosso querido Cavaleiro das Trevas, o Cruzado Encapuzado, o Maior Detetive do Mundo, Bruce Wayne, mais conhecido como Batman. Agora voltaremos a nossa programação normal e eu tentarei atualizar na medida do possível.

Por hoje é só, bat-pessoal!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Batman Forever


Oh God, why...

O ano era 1995. Batman Returns fez um enorme sucesso, porém seu tom muito mais sinistro e perturbador refletiu nos lucros do filme. Por causa disso, a Warner tentou dar uma repaginada na série, a tornando mais familiar e mainstream, chamando o diretor Joel Schumacher para a missão. Essas mudanças e a pressão do estúdio mudaram todo clima criado pelos filmes anteriores, o que gerou um desapontamento em massa por parte dos fãs, mas foi um verdadeiro sucesso graças ao público geral, os noobs da vida.

O jogo, entretanto, mostra que ideias mal-executadas arruínam tudo.

Batman Forever para SNES foi lançado em 1995 pelas mãos da Acclaim Entertainment. O jogo, apesar de estar bem próximo da história e ter uma aparência bela e moderna, tem uma jogabilidade horrenda e foi um fail total, assim como muitos jogos feitos a partir dos filmes.

Pois bem, vamos ver uma tortura que nem mesmo o Coringa seria capaz de planejar.


Como você já percebeu, o filme foi baseado na história do terceiro filme, incluindo a aparição de Robin, com até a roupa tosca baseada nos gibis.

Assim como no último filme, Batman enfrentará dois vilões, Duas-Caras e o Charada. Duas-Caras era o promotor Harvey Dent, um dos exemplos de justiça de Gotham, mas sofreu um atentado durante um julgamento, pois um gangster joga ácido e teve metade do rosto desfigurado, além de ter desenvolvido uma desordem psicológica e enlouqueceu. Charada é codinome empregado por Edward Nygma, um "gênio incompreendido" que após ser demitido da Wayne Enterprises, se alia a Duas-Caras e elabora um plano para absorver a inteligência dos cidadãos de Gotham.

Batman, como sempre, deve impedir que eles obtenham sucesso em suas maldades, mas desta vez contará com ajuda. Dick Grayson, um acrobata circense que teve sua família morta por Duas-Caras durante uma apresentação, descobre que Bruce Wayne é Batman e decide se unir a ele em uma busca por vingança, adotando o nome Robin. Uma amizade surge e eles se tornam aquela que seria conhecida como a Dupla Dinâmica.


Tenho que admitir, a parte gráfica do jogo é fantástica, apesar de diversas escolhas ruins.

Os cenários são muito semelhantes a Donkey Kong Country, ou seja, os cenários são pre-renderizados e absurdamente detalhados, mas ao contrário do filme, que possuía um clima mais surreal e colorido, o jogo passava um clima sério e obscuro, bem sinistro na verdade. Eu pessoalmente não entendi essa mudança, mas até que dá certo, a não ser quando o cenário começa a atrapalhar no jogo.

Enquanto você passa pelo cenário, você começa a ver colunas que deveriam dar a sensação de um cenário tridimensional, o que não seria tão ruim se não bloqueasse sua visão. Você pode estar socando um bandido quando, do nada, uma coluna fica na sua frente, interrompendo seu combo e te atrapalhando na hora da pancada.

O jogo usa a mesma tecnologia usada em Mortal Kombat para seus personagens: eles filmava um ator, digitalizava os movimentos e os colocavam no jogo, uma tecnologia de captura de movimentos basicamente. Por mais tosco que possa parecer, é uma tecnologia fantástica, pelo menos na época. Apesar de tudo, a comparação com MK é inevitável, pois a maioria dos movimentos de ataques tanto do Batman quanto dos vilões genéricos são iguaizinhos aos movimentos dos lutadores.

A música segue a tradição dos jogos da franquia e é fantástica. Combinando perfeitamente com o cenário, a música passa um clima perfeitamente sombrio, sério, é muito bem executada. Sei que tenho usado a mesma descrição pras outras trilhas, mas os jogos do Batman possuem um belo histórico de trilhas e, apesar de tudo, Batman Forever segue a tradição.

Apesar de tudo, há um fato curioso: durante os cenários, há uma tela onde aparece escrito "HOLD ON", semelhante a uma tela de loading dos CDs de hoje em dia. Apesar disso não ser necessário na mídia dos cartuchos, é meio engraçado de qualquer forma.


Infelizmente, o nível gráfico não compensa a jogabilidade falha desse jogo.

Batman Forever é um beat-em'-up, você só precisa seguir de um lado pro outro socando e derrotando os bandidos, até chegar aos chefes e usar um pouco de estratégia, tanto como Batman quanto como Robin. Você também pode usar bat-bugigangas clássicas, além de diversos novos itens, dos quais você pode escolher dois antes de cada fase. Infelizmente, não é tão simples quanto parece e isso é culpa dos controles.

Você possui golpes simples e a habilidade de pular, porém os botões principais são apenas para os golpes físicos, você pula apertando o direcional pra cima e isso atrapalha muito. Para usar as bugigangas, você usa comandos semelhantes a combos. Pra usar o gancho, é Select e qualquer direcional , para o Raio de Calor é > < > < A, para as Botas-Foguete é > > X e por aí vai.

Posso até tentar imaginar que eles tenha tentado criar uma nova forma de jogabilidade, mas pra mim não deu certo. Os controles acabaram ficando desnecessariamente complicados, o que não combina com um jogo do estilo, que deve ter jogabilidade simples e ao mesmo satisfatória. Esses combos simplesmente não funcionam com um jogo assim, e pra mim foi um fail total.

Há também duas formas de modo cooperativo. A primeira deles é um modo totalmente cooperativo, Batman e Robin não podem se ferir e eles dividem os pontos e itens. O segundo é mais competitivo, eles podem tirar energia um do outro e não dividem pontos e itens, mas ainda precisam enfrentar os inimigos.

Caso você esteja a fim de socar todo mundo sem querer salvar a cidade, há o Training Mode, onde você pode lutar como Batman, Robin ou qualquer outro personagem do jogo contra outro personagem controlado pelo jogo mesmo ou por outro jogador.


Batman Forever é um jogo ruim. Mesmo que tenha usado a mesma engine de Mortal Kombat, a jogabilidade é muito ruim e complicada demais, o que pode afastar muitos jogadores. Não chega a ser tão vergonhoso quanto ao filme, mas também não o redime de nenhuma forma.

E no próximo artigo, é hora de um pouco de vingança, afinal vilão que é vilão não desiste nunca.

Por hoje é só, bat-pessoal!

domingo, 24 de junho de 2012

Batman Returns


O ano era 1989. Animada devido ao recente sucesso das histórias O Cavaleiro das Trevas e A Piada Mortal, a Warner decide que está na hora de fazer um novo filme do Homem Morcego, e para isso chama o jovem diretor Tim Burton, que fez um respeitável sucesso dirigindo um filme do personagem Pee-wee. Inspirado pelo tom escuro e sério das histórias, Burton apresenta um ambiente totalmente único e uma batalha épica contra o terrível Coringa. O mundo adorou o filme, que foi responsável por apresentar o personagem a muitas pessoas que nem conheciam o morcegão direito.

Pulemos três anos à frente, em 1992. Os donos do Pernalonga, animadíssimos com o sucesso e o impacto do primeiro filme, começaram a fazer planos para uma sequência. Tim Burton não estava querendo muito isso, mas foi convencido pelo script apresentado. Com um ambiente ainda mais amedrontador, o que gerou muita controvérsia na época, o mundo recebeu mais esse golpe de fodicidade, mesmo que tenha rendido menos que o primeiro.

Essa é a história do jogo baseado nesse filme.

Batman Returns para SNES foi lançado em 1993 pelas mãos da Konami. Seguindo a onda de sucesso iniciada com Final Fight, BR é um beat-em'-up da melhor qualidade, e ao contrário do jogo anterior, segue a história mais precisamente, mas apenas por cutscenes.

Todos sabemos que a Konami não brinca em serviço. Será que ela foi capaz de satisfazer a galera ou esse jogo é mais vergonhoso que o filme Batman & Robin?

Isso é cientificamente impossível, mas eles podem ter tentado.


Como disse antes, o jogo segue a história do filme.

Pra quem, devido a motivos além da compreensão humana, não conhece a história, vou tentar resumi-la da melhor maneira novamente.

Após ser abandonado por seus pais, Oswald Cobblepot, conhecido como o Pinguim devido a deformações físicas que o assemelham ao animal, aparece na cidade de Gotham e com a ajuda do milionário Max Shreck, decide se tornar parte da elite da cidade elaborando um plano para se tornar prefeito. Enquanto isso, surge a Mulher-Gato, codinome adotado por Selina Kyle, secretária de Shreck que é morta por ele ao descobrir seu plano de drenar a energia da cidade para controlar Gotham, mas volta à vida com habilidades e tendências felinas. Cabe a nosso herói manter a ordem na bagaça toda e arruinar o plano de todos eles.

Como eu disse no artigo anterior, eu sei que meu resumo não ficou muito bem formulado. Pra mais informações, se dê a decência de ver o filme ou ao menos reveja, vale a pena.

E assim como o jogo do NES, a história é contada somente através de cutscenes, não há nenhum diálogo dentro do jogo em si ou mesmo nelas próprios. A história é contada através de textos bem resumidos enquanto mostram imagens excelentemente reproduzidas do filme.


Lembram do que eu falei sobre como os cenários do jogo do NES transmitiam todo o clima sinistro que Tim Burton criou no filme? Em Batman Returns, acontece a mesma coisa, porém com mais precisão.

Todos os cenários se aproximam bastante dos originais do filme, muitos inclusive praticamente os mesmo. A qualidade gráfica do jogo é excelente, assim como em muitos beat-em'-ups da época. Assim como o jogo do NES, como eu disse antes, o jogo passa um clima bem sério e um pouco pesado, porém com mais cores, levando em conta a potência gráfica do SNES. Graças a isso, os cenários são incrivelmente detalhados, destacando ainda mais a atmosfera do jogo.

Os personagens também estão bem próximos do apresentado no filme. O uniforme do Batman está igual ao do filme, apesar de não haver muitos detalhes sobre o rosto do Bruce, interpretado pelo Michael Keaton no filme. O Pinguim e a Mulher-Gato também são cópias fiéis dos atores do filme, Danny DeVito e Michelle Pfeiffer respectivamente. Já os capangas, apesar de serem incrivelmente detalhados e semelhantes aos subordinados do Pinguim, caíram na generalidade dos capangas de jogos do estilo.

As cutscenes do jogo mostraram toda a potência do Super Nintendo. As imagens são incríveis reproduções dos atores. Percebe-se que não é uma cópia exata, mas o detalhamento é impressionante e envelheceu muito bem. O falso 3D clássico do SNES também aparece nas animações e em uma fase do jogo.

A trilha sonora é adaptada da trilha de Danny Elfman. É fantástica e atende todas as expectativas dos fãs. Ela parece ser realmente orquestrada, e assim como a do NES, transmite todo o clima sério, sinistro e calafrioso do filme. Uma trilha excelente para um jogo excelente.


Batman Returns possui uma jogabilidade bem simples, o que pode ser um mau sinal.

O jogo é um beat-em'-up na sua melhor fase. É só seguir em frente surrando todos no caminho. Você pode socar, dar golpes voadores, agarrar e usar um especial em você ataca com a capa. porém gasta energia. Ao chegar no chefe, você precisa de um pouco mais de estratégia.

Você pode também usar bat-bugigangas, como o Batrang e o Bat-Lançador. Em certas fases, você usa Bat-Shurikens ao invés dos punhos, além de um item especial, o Test Tube. Há também itens dentro de latas que dão mais pontos e recuperam vida. Mas são apenas corações flutuantes e não pernil assado.

A dificuldade é bem justa. Você não precisa ter um doutorado pra terminar o jogo, mas não quer dizer que sua vida será fácil. Apesar de tudo, a jogabilidade é meio redundante, o que pode desanimar um pouco.


Batman Returns é um bom jogo. Sim, a jogabilidade é repetitiva, porém bastante satisfatória. Garanto uma boa hora de diversão, sendo bat-fã ou não. Quem sabe você se anima e vê o filme de novo.

Porém, o próximo jogo não será tão bom assim. Assombrado pela Maldição de E.T., veremos o que não se deve fazer em um jogo baseado em um filme, não importa o quão vergonhoso ele seja.

Por hoje é só, bat-pessoal!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Batman


Sejamos sinceros, todos amam o Batman.

Mesmo que infelizmente haja muitos posers por aí, é inegável que Batman é um dos super-heróis mais populares de todos, se pá o mais popular mesmo. A história do menino órfão que decidiu fazer justiça com as próprias mãos para varrer o crime de sua cidade não é só uma jornada épica, mas também inspira e marca a vida de muitas pessoas (Comic Shoppers, estou olhando pra todos vocês). Eu não sou um mega-fã, mas tenho um respeito considerável pelo que ele representa. E já que tem filme novo chegando, é hora de deixar a escuridão invadir este humilde site.

E pra começar, nada como um jogo baseado no primeiro filme. Batman foi lançado para o NES em 1989, tendo sindo produzido pela Sunsoft. Apesar de não ter sido o primeiro jogo do morcegão, é o primeiro baseado nos filmes da franquia, que é adorado até hoje por muitos fãs. Apesar disso, não segue fielmente a história, o que pode influenciar a opinião de todos.

Será que o jogo corresponde à expectativa ou sofre da "Maldição de ET", como eu gosto de chamar?

It's time for Batman!


Como eu disse, a história do jogo é levemente baseada na história do filme. Mas se você não conhece a história do filme... véi... nem falo nada.

Porém, como eu sou um menino muito educado farei um resumo bem rápido pra vocês.

O filme conta história de Bruce Wayne, um milionário que, durante a noite, combate o crime da cidade de Gotham como o cruzado encapado Batman. Porém, uma ameaça ainda maior aparece na forma do Coringa, um mafioso enlouquecido por produtos químicos que quer, resumidamente, ferrar com todo mundo.

Tá, eu sei que resumi bastante, mas também, a não ser que você tenha vivido em cavernas nos últimos 20 anos, você não tem desculpa pra ver esse clássico.

O jogo, entretanto, não aborda muito a história, se resumindo somente ao Batman indo atrás do Coringa batendo em diversos bandidos pelo caminho. Nenhum dos outros personagens coadjuvantes aparecem, como Vicky Vale, Harvey Calrissian (quem viu o filme vai entender) e nem mesmo Alfred, o que deveria ser considerado crime.

Apesar de tudo, não creio que isso seja um ponto negativo, já que o jogo compensa por tudo isso.


A aparência do jogo  é incrivelmente próxima ao clima obscuro passado pelo filme, como uma reprodução fiel da película.

O jogo é escuro. Escuro no sentido de que, assim como no filme de Tim Burton, tudo se passa à noite. O jogo reproduz fielmente, na minha opinião, a Gotham que Burton representou no filme, toda sinistra e amedrontadora em cada canto. Você não vê um pingo de alegria por aqui, tudo foi feito em tons escuros, dando um verdadeiro "bat-toque" à coisa toda.

O jogo não segue necessariamente a história do filme, então você não verá cenários tão familiares aqui, na verdade eles são semelhantes a cenários genéricos de side-scrollers, mas com o já citado "bat-toque", deixando claro que tudo se passa em Gotham,  seja nas ruas, na fábrica ou no subterrâneo.

Mas pra garantir que você pense dessa maneira, há cutscenes incríveis. Se você for realmente um fã do Batman vai pirar na primeira cena, em que o Batmóvel surge seguindo em direção ao cenário, e o Batman sai do carro. As cutscenes aqui são de excelente qualidade e não deixam a dever pros jogos mais recentes.

A trilha sonora contribui ainda mais para o jogo. Ela é simplesmente arregaçadora e combina perfeitamente com todo o jogo. Ela é séria e ao mesmo enérgica, transmitindo toda a seriedade do jogo, o que a une totalmente ao cenário. Claro que não se compara ao trabalho de Danny Elfman, mas não estou exagerando ao dizer que ela está em nível bem acima da média.


Batman é um típico side-scroller dos anos 80, porém com o bat-toque, tudo fica sempre melhor.

Existem cinco níveis aqui, e você deve chegar de um ponto a outro varrendo os bandidos do mapa no caminho. Você encontrará malucos com armas, malucos com lança-chamas, malucos ninjas, máquinas malucas e muitas outras maluquices. Eu sei que minha explicação é meio redundante, mas não há muito o que acrescentar nessa parte.

Mas não podemos esquecer que estamos falando do Maior Detetive do Mundo aqui, o que sempre traz algo mais. Como as bat-bugigangas são parte essencial do seu arsenal, claro que você poderá usá-los aqui. No caso, são somente três, o batrang, o bat-shuriken e o que parece ser uma arma de fogo (mesmo que Batman tenha sempre recusado a usar uma , mas tudo bem), além de seus próprios punhos. Você não possui munição ilimitada pra nenhum deles, mas infelizmente todos eles compartilham do mesmo contador, ou seja, se você gastar munição de um acaba gastando a munição de todos.

Batman também utiliza um elemento meio incomum em side-scrollers, mas é famoso em muitos outros jogos, o wall jump. Pros noobs da vida que não sabem o que seja, é quando o carinha pula numa parede, se segura nela, toma impulso e pula para o outro lado. Muitos personagens demonstraram essa habilidade em vários jogos, como Mario, Alex Kidd e Ryu Hayabusa. Em Batman, essa é habilidade é muito bem aplicada, praticamente essencial para se prosseguir no jogo.

Principalmente levando em conta, a dificuldade chutadora de bundas desse jogo. Batman faz jus ao legado de jogos impiedosos do NES, mostrando que, se você não é um menino-prodígio, prepare-se para se ferrar muito nesse jogo. Felizmente, há infinitos continues aqui, então não chega a ser desesperador, mas não quer dizer que seja tranquilo.


O que eu posso dizer? É um jogo fantástico. É difícil de doer, mas é um excelente jogo na minha opinião. Creio que eles acertaram com tudo que podiam tudo, os cenários são fantásticos, a música é perfeita e Batman, como sempre, combatendo o crime, como ele faz a mais de 70 anos.

E no próximo artigo, veremos uma Gotham mais dark, mais sinistra, com vilões ainda mais aterrorizantes e jogabilidade mais simples e repetitiva.

E aí, já dançaram com o demônio sob a luz do luar hoje?

Por hoje é só, bat-pessoal!