sábado, 19 de novembro de 2011

The Legend of Zelda


SIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM!

Aposto que no momento que você viu a capa, você lembrou até da musiquinha.

Pois bem, meus caros, nesse fim de semana haverá o lançamento de Skyward Sword, o mais novo jogo da série Zelda, que completou 25 anos de existência em fevereiro. Então, é hora de voltar no tempo e ver como a jornada que transformou o jeito de se jogar começou.

The Legend of Zelda foi lançado para o NES em 1986 pela Nintendo. Criado pelo genial Shigeru Miyamoto, o jogo teve inspiração de suas aventuras na infância. Oferecendo uma liberdade jamais vista em jogos do gênero, Zelda ficou marcado no coração de milhões de crianças ao redor do mundo, sendo o primeiro jogo do NES a ter mais de um milhão de cópias vendidas, além de ser detentor de sete recordes mundiais e é considerado até hoje um dos melhores jogos da história e um clássico eterno.

Depois de jogá-lo, finalmente entendi por que ele é tão especial. Vou mostrar o motivo.


A história do jogo é clássica e todo o gamer que se preze a sabe de cor e salteado, mas como sempre tem alguém que não a conhece, então vamos à ela.

Ganon, o Príncipe das Trevas, e seu exército invade um reino na mística terra de Hyrule, que o leva ao caos e ao desastre, e rouba a Triforce do Poder, peça de um artefato místico muito maior e mais poderoso, que dá a seu usuário grande força.

Tentando impedir que ele consiga outro pedaço, a Triforce da Sabedoria, a jovem princesa Zelda o divide em oito peças e os esconde em oito templos diferentes através de Hyrule.

Porém, Zelda acaba sendo sequestrada por Ganon. Mas antes disso, ela ordena à sua criada Impa que encontre alguém corajoso o suficiente para salvar o reino. Em sua busca, a criada acaba sendo encurralada pelos servos de Ganon, mas é salva por um jovem chamado Link. Ao saber de toda a história, o garoto decide então partir em busca dos fragmentos da Triforce da Sabedoria, para ter o poder de derrotar Ganon, resgatar Zelda e salvar o futuro de Hyrule.

Só pra constar, esse enredo está presente no manual que vem com o jogo. O game em si não nos dá muitos detalhes além do básico e você já é jogado direto na aventura. Apesar disso, é bem mais trabalhada que os enredos de jogos da época e se tornou uma verdadeira epopeia dos 8-bits.


Zelda é incrível. Apesar de não ser aquela maravilha gráfica, o jogo possui seus próprios méritos.

A começar pelo tamanho. Hyrule é enooooorme e é impressionante como o jogo o apresenta. Cada quadrado do jogo é unica e não há repetições aqui. Se você pegar um mapa dos quadrado do jogo, é capaz de ficar surpreso e incapaz de entender como um mundo tão amplo e único foi enfiado em um único cartucho.

Usei o termo "quadrado" por que soa mais condizente, pois cada vez que você move para uma das quatro direções, você avança para uma parte diferente, que nem num tabuleiro de xadrez.

Mas voltando ao assunto. Os quadrados são compostos de pedras e arbustos. As únicas construções aqui são as entradas dos templos e o cemitério. Mas como eu disse antes, cada quadrado é diferente do outro e essa variação é algo que torna o cenário tão incrível.

Mas eles não são independentes um do outro. Os quadrados formam áreas ainda maiores, como a enorme floresta no centro, que fica próxima ao lago, a parte montanhosa mais ao norte, o pequeno mar ao leste e o cemitério ao oeste. Isso deixa o jogador ainda mais pasmo e mostra que o Shige-chan não estava brincando em serviço. Hyrule é realmente enoooooooooorme. E cheia de segredos, mas estou adiantando.

As dungeons não chegam a ser tão amplas, mas são incríveis também e requerem uma dose saudável de estratégia. Mas seu interior não chega a ser tão atraente quanto o overworld. Você pode até se perder lá fora passeando e matando monstros.

E não podemos nos esquecer dos personagens. Link é um personagem típico de RPG, e seu sprite me lembra o do Hero, do primeiro Dragon Quest, pelo menos no formato e no tamanho. Os monstros também dão um show aqui. Mesmo sendo tão pequenos quanto Link, há muitos monstros aqui, todos com nomes bem estranhos e completamente aleatórios, como Pols Voice, Tek Tite e Darknut.

Mas um game incrível merece uma trilha incrível. LoZ possui algumas das músicas mais conhecidas e queridas da histórias. Imortalizadas pelo gênio Koji Kondo, temas como a introdução e a música de fundo do overworld se tornaram obras-primas da game music, sendo refeitas tanto pra outros jogos quanto por seus fieis fãs.

TODO gamer que se preze conhece essas músicas e sabe recitá-las. Se você não tem o tema de Zelda gravado á fogo em sua mente, trate logo de corrigir isso.


Agora, vamos ao verdadeiro destaque de LoZ, sua mecânica, que mudou definitivamente o jeito de se jogar.

Vamos começar pelo fator que marcou a série: a liberdade. Ao contrário da maioria dos jogos da época, Zelda não era completamente linear e lhe dava a chance de prosseguir na história como quisesse. Você poderia ir nos dungeons na ordem que quisesse e quando quisesse. Poderia seguir na história com somente os itens necessários ou então pegar todos eles.

Pra você ter uma ideia, existem pessoas que terminaram o jogo sem nem mesmo pegar a espada! Isso é o que eu chamo de coragem (ou nerdice, vai muito da pessoa).

Apesar de você poder prosseguir na ordem que quisesse, os dungeons tinham uma certa ordem, de acordo com a dificuldade. Então você pode fazer como eu e seguir a ordem certinha, pegando todos os itens corretamente e sem se desviar do caminho.

Agora, como mencionei muito antes, Hyrule é enoooooooooooooooooorme e, consequentemente, cheia de segredos. Existem muitas entradas secretas que podem levar a lojas, cofres ou mini-games. Para poder aproveitar tudo isso, você precisa de dinheiro, que vem aqui na forma de rupees, que podem ser coletadas ao se derrotar monstros. Há também itens secretos, como as espadas mais fortes ou corações que aumentam seu HP. Se você quer revirar absolutamente TUDO, prepare-se para passar dias jogando.

Ou seja esperto como eu e baixará um mapa da net. Isso também vai muito da pessoa.

As dungeons aparecem na forma dos templos nos quais os fragmentos da Triforce da Sabedoria foram escondidos. Cada templo possui uma forma diferente e um desafio diferente. Há várias maneiras de se prosseguir nele, usando chaves, lutando batalhas obrigatórias ou então abrindo buracos na parede. Você pode seguir direto para o chefão dele e pegar o fragmento ou então obter o item especial e só depois seguir para o chefão.

Há muitos itens aqui, e alguns deles viriam a se tornar marca registrada da série, como a bomba e o bumerangue. Mas também há muitos outros, como a poção, a chave-mestra, a escada que serve de ponte e a flauta. Todos eles são essenciais para se prosseguir no jogo, o que diminui um pouco a liberdade, mas não a anula nem um pouco.

Caso você consiga pegar todos os fragmentos da Triforce, você poderá acessar a Death Mountain, dungeon final do game e o refúgio de Ganon. A batalha final é uma das mais criativas, simples e angustiantes que eu já vi.

E caso você não queira jogar mais, mas sem querer repetir tudo de novo, ainda há um segundo jogo, a Second Quest. Nela, mais difícil e completamente diferente da primeira. Os itens mudam de lugar, os templos mudam de ordem e forma e os inimigos se tornam mais forte. Ele se torna acessível ao se terminar a First Quest ou começar um novo save file com o nome de ZELDA.

Ah, quase me esqueci. LoZ foi o primeiro cartucho a vir com uma bateria interna inclusa que permite você salvar o jogo no próprio cartucho. Isso livrou os jogadores das horrendas password e permitiu uma experiência muito melhor e mais divertida.


LoZ é especial. Após anos apenas ouvindo falar dele, finalmente tive a chance de jogá-lo, e ele não me decepcionou. Pode parecer ridículo vindo de um cara que vive na era dos jogos HD e sensores de movimento, mas tecnologia não substitui qualidade. Eu cheguei a achar que toda essa atenção ao jogo era exagero ou hype. Mas eu quebrei a cara e vi que Zelda é fantástico. Seu mundo incrível, sua desafio e sua história me encantaram e creio que posso entender um pouco o que os gamers de antigamente sentiram quando o jogaram pela primeira vez, mesmo vivendo fora do contexto. Zelda é, definitivamente, único.

Pois bem, chega desse papo piegas. Já me encantei e tal, mas é hora de seguirmos em frente.

E seguiremos de kart.

Por hoje é só, pessoal!

Nenhum comentário:

Postar um comentário