sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Phantasy Star IV - The End of the Millennium


Sim, meus amigos, estamos chegando ao final dessa jornada.

Com três incríveis jogos, Phantasy Star ficou marcada no coração de muitos jogadores. Sua narrativa fantástica, que mistura ficção científica e magia, foi uma ótima novidade para aqueles que estavam cansados das ambientações medievais e clichês típicos de RPGs (apesar de eles também aparecerem aqui). Mas como toda grande história, ela precisa de um final, que veio na forma de PS4.

Phantasy Star IV - The End Of The Millennium foi lançado pela Sega em 1993 para o Mega Drive, chegando aqui no ocidente em 1995. sendo a sequência de Phantasy Star II, o jogo marcou o final da série original, sendo o último jogo a se passar no sistema solar de Algol, já que PS3 não se passa lá.

Será que Phantasy Star IV é o final que essa lenda merece? Ou será que ela merecia um final melhor?

Respondo tranquilamente que não, esse foi o melhor final possível.


PS4 se passa 1000 anos depois de PS2, novamente no planeta Motavia (aqui chamado novamente de Motavia), depois da batalha entre Rolf e seus amigos contra a Mother Brain e Dark Falz e de um grande desastre, denominado de Grande Colapso, que está ligado à jornada de Rolf. Claro que não te contarei o que é, pois isso seria um baita spoiler.

Enfim, depois de tudo isso, Algol passou por maus bocados. Milhões de pessoas morreram nesse desastre, que afetou o sistema inteiro, causando uma crise ecológica de proporções épicas. Depois de anos de provação, o povo começou a dar a volta por cima, fazendo a vida e a esperança retornarem àqueles planetas. A paz parecia ter voltado pra ficar.

Claro que isso não ia durar muito tempo, senão eles não teriam se preocupado em fazer um novo jogo. O mal volta pra estragar o dia, com o retorno dos biomonstros e o agravamento da crise ambiental, com Motavia voltando a ser um planeta desértico, algo que foi mudado à milhares de anos com a tecnologia.

Manter esse monstros sob controle é o trabalho dos Hunters. Você assume o comando de dois hunters, Chaz Ashley e Alys Brangwin. Seu primeiro trabalho é investigar a aparição desses monstros numa faculdade. No entanto, essa investigação se revela ser o começo de uma incrível jornada, que os levará aos segredos de Algol, e eles verão que há muito mais mais por trás desses acontecimentos.

Pra variar, eles não passaram por isso sozinhos, pois eles ganhar a ajuda do professor Hahn Malay, do misterioso Rune Walsh, do guerreiro Gryz, da numan Rika, dos androides Wren e Demi, do sacerdote Raja, da ESPer Kyra Tierney e do arqueólogo Seth.

O vilão da vez é Zio, o Mago Negro, líder de um culto e o aparente responsável por todos os problemas que Motavia vem passando. Logo descobre-se que ele possui um plano muito maior, que ameaça não só Algol, mas como toda a existência.

Como PS4 é o último jogo da série, nele todas as dúvidas que tivemos nos jogos são respondidas. Finalmente descobrimos o que é a Dark Falz, a razão dela atacar Algol e os segredos mais obscuros desse sistema solar, incluindo um quarto planeta.

Não reclame. Nem é um spoiler tão grande assim.


De cara, já vemos a melhoria gráfica do jogo.

Os cenários estão maiores e melhores, mais detalhados até. Há muito mais cor do que nos outros jogos, o que é uma melhoria e tanto, na minha opinião. No Master System, é até justificável, já que não possui uma palheta tão grande, mas no Mega Drive, não dá pra entender. Os cenários e as cidades tinham tons semelhantes, de azul e verde. Aqui não, mesmo com a ideia de um clima desértico e com pouca vida, o cenário é até mais colorido que antes.

Não sei exatamente o que dizer dos sprites. Pra mim, eles poderiam ter sido melhores, como os de PS3, que eram mais detalhados. Mas eles não são feios, pelo contrário, são até bonitinhos. Os monstros, como sempre, estão um capricho só.

Mas pra nos compensar, recebemos as animações de batalha de volta! UHUUUUL!!!

Assim como PS2, você pode ver seus personagens de costas e atacando os monstros. Aliás, os efeitos visuais são ótimos também, tanto pros ataques quanto pras técnicas e magias.

E não podemos nos esquecer das cutscenes. Elas são como nos outros jogos, uma sequência de cenas estáticas que passam enquanto o diálogo rola, mas aqui, elas possui um certo toque de anime que achei bem legal. Claro, isso pode ser meu lado otaku falando.

A trilha sonora, na minha humilde opinião, é a melhor de toda a série. Ela combina bem com o jogo e é capaz de bater de frente a outras trilhas consagradas, além de ser incrível, levando em conta a capacidade sonora do Mega. Eles, com certeza, aprenderam com o Team Sonic.


O sistema de batalha de batalha evoluiu bastante e se tornou um dos grandes destaques do jogo. Eles Se tornaram mais similares a um RPG comum, mas com adições interessantes que tornam o jogo único.

Antes de mais nada, a batalha não é mais automatizada. Assim como a maioria dos RPGs, você deve escolher os comandos a cada turno. Comandos esses que também são bem típicos, como ataque, magia, item, defesa e técnica. Mas eu quero me focar nas técnicas e magias.

Vamos começar pela nova inclusão, as técnicas. Ao contrário dos outros jogos, onde os personagens só tinham magias, agora cada um deles possui um conjunto de "skills", que são técnicas individuais e muito uteis na hora do combate, algumas inclusive, muito poderosas. No caso dos seres orgânicos, você aprende skills enquanto aumenta de level e no caso dos androides, você os encontra em baús e equipa neles. Porém, em ambos os casos, cada uma delas possui um número limitado de uso, dependendo do level que você está.

Outra adição legal foram as técnicas combinadas. Quando se usa certas magias ou skills em uma determinada sequência, você acaba conjurando um ataque específico, muito mais poderoso que o normal. Entretanto, deve-se levar em ordem dos personagens atacarem, que é determinada por suas estatísticas.

Mas não se preocupe. Há um recurso chamado Macro, que é uma ordem de combate programável. Funciona assim: suponhamos que você, por pura sorte, descobriu uma técnica fantabulosa. Só que os personagens não atacam na ordem que você precisa para que a técnica aconteça geralmente. então você vai na seção de macros do menu principal, organiza a ordem e os comandos necessários para que essa técnica aconteça (lembre-se, tem que ser na ordem certa) e pronto, você poderá usá-la na hora que quiser. Isso pode ser a diferença entre a vitória e a derrota.

Tirando essas adições incríveis, o jogo segue bem o esquema de um RPG comum, com exploração de dungeons, interação com NPCs e o já citado combate baseado em turnos.

Ah, e não posso me esquecer da dificuldade, que agora está muito mais equilibrada e justa. Ainda há a velha história das batalhas consecutivas, mas você precisa ficar perdendo tempo fazendo grinding pra conseguir sobreviver. Com um level decente, você pode sobreviver nas lutas mais complicadas sem problema.


Sem dúvida nenhuma, Phantasy Star IV foi um dos melhores RPGs que eu tive a chance de conhecer e jogar. Com uma história fantástica, gráficos incríveis e jogabilidade simplesmente demais, PS4 fechou a saga de Algol com chave de ouro.

A propósito, mil perdões pelo atraso. Prometi que isso não ia mais acontecer e acabou acontecendo. Mas não se preocupem, outubro também será um mês especial aqui no blog. Como é época de Halloween e tal,  irei divagar por jogos aterrorizantes, que farão você tremer de medo.

E pra começar: CHICOTADA NELES, SIMON!!!

Por hoje é só, pessoal!

Nenhum comentário:

Postar um comentário