domingo, 26 de junho de 2011

Uno


Só pra começar, esse não é o jogo de merda do qual pretendia falar. Eu fiquei enrolando nesse feriado e não o joguei apropriadamente, então usarei esse jogo como tapa-buraco. Claro que essa é uma oportunidade, já que estava pensando em falar sobre jogos do Game Boy. Além do mais, qualquer coisa com Uno é bom.

Pra quem não sabe, Uno foi criado por um barbeiro húngaro chamado Merle Robbins. Ele criou o jogo pra resolver uma discussão com o filho sobre Oito Maluco. Os direitos sobre o jogo foram comprados pela Mattel em 1992 e desde então, ele se tornou um fenômeno mundial, gerando inúmeras versões, além de várias temáticas, como personagens de desenhos e jogos. Claro que surgiram vários games baseados nele.

O game que eu vou falar foi lançado para o Game Boy Color pela Mattel Games em 1999.

Vamos ver quem grita primeiro?


Pra ser sincero, não vou enrolar vocês.

Esse jogo não tem nenhuma história, é basicamente uma versão eletrônica de Uno, só que sem a graça de você poder espiar as cartas dos seus adversários.

Sim, eu sei. Não tem muita graça.


Os gráficos são legais. Há quatro cenários diferentes. Em cada cenário, as cartas estão desenhadas de maneira diferente, o que traz uma certa variação, já que não há muito jogo. Mas eles poderiam ter feito muito mais cenários, pelo menos eu acharia legal.

A animação também é competente. É como se fosse um jogo de cartas do computador, só que menor.

Eu também achei legal a animação da cartinha. A carta aparece toda vez que se usa uma carta especial, seja uma mudança de cor ou uma daquelas cartas +2 e +4. Assim como as cartas, em cada cenário, ela está de um jeito diferente e suas aparições também mudam. Admito que é legal no começo, mas pode te desagradar um pouco durante o jogo. Felizmente, tem como você desligar essas animações antes que o jogo comece.

Minha única reclamação é a trilha sonora. Há uma única música durante as partidas e ela se repete num loop infinito. E ela é muito irritante. Felizmente, você também pode desligá-la antes do jogo. Eu recomendo isso.


A jogabilidade é bem simples e meio que limitada.

Como eu disse, o jogo não passa de um Uno eletrônico. Então, se você sabe as regras, você pode jogar tranquilamente. Caso você não saiba, deixe-me explicá-las.

Existem cartas de quatro cores e cada cor tem cartas com números de 0 a 9. Também há cartas de ação, que permitem trocar a cor da rodada, inverter a ordem das jogadas e fazer os adversários comprarem cartas. Na sua vez, você deve jogar uma carta da mesma cor e/ou do mesmo número que está no topo da mesa. Se você não tiver uma carta dessas, você tem que comprar uma carta do monte. Quando você estiver com uma só carta na mão, grite "UNO!", pois se seu adversário gritar primeiro você terá que comprar mais duas cartas. Quem ficar com a mão vazia primeiro, vence.

As partidas são relativamente customizáveis. Você pode determinar o número de jogadores, entre 2 e 4, o limite de pontos necessário para vencer uma partida, o cenário, o som de fundo, a velocidade da partida e a dificuldade.

Há duas modalidades, Uno e Challenge Uno. A única diferença é a contagem de pontos. Em Uno, o vencedor toma os pontos das cartas que os outros jogadores estavam na mão. Se o limite de pontos determinado for atingido, o jogador ganha. Em Challenge Uno, o vencedor não ganha nenhum ponto, mas os perdedores acumulam os pontos na sua mão. Se o limite de pontos determinado for atingido, os jogadores são eliminados do jogo e quem sobrar vence.

Obviamente, há a opção de usar o cabo Game Link e curtir uma partida multiplayer. Como eu jogo no computador, não sei como essa opção funciona, mas provavelmente é a mesma coisa, mas com adversários de verdade.


Uno é um ótimo. Eu adorava jogá-lo na escola, com meus amigos. Essa versão do Game Boy é bem semelhante ao jogo de cartas de verdade, e pra mim é o suficiente. Claro que é muito mais legal no multiplayer, já que é um jogo de cartas. Se você tiver um Game Boy, dê uma chance pra ele.

E não se preocupem. Semana que vem, falarei de um jogo ruim. Só estou indeciso entre um cara vestido de coelho, um surfista cósmico e um caçador ET. Qual vocês acham que eu devia falar?

Por hoje é só, pessoal!

domingo, 19 de junho de 2011

Sonic the Hedgehog


Sim, meus amigos. Amanhã, dia 20 de junho de 2011, um dos mais amados e idolatrados personagens de jogos da história fará 20 anos. E como um fã que sou, decidi entrar no clima e falar do clássico que mudou a história dos videogames completamente.

Sonic the Hedgehog foi lançado para o Mega Drive em 1991 pela Sega. Era mais uma tentativa da empresa de bater de frente com a Nintendo e sua mascote, Mario. Só que deu certo e Sonic se tornou um rival à altura do encanador, chegando a ameaçar seu posto como símbolo dos jogos. O ouriço azul logo conquistou uma legião gigante de fãs, esquentando ainda mais a Guerra dos 16-Bits, como é conhecida a disputa comercial entre a Nintendo e a Sega na década de 90.

Mas uma mascote estilosa não é o suficiente. Será que esse jogo merece ser considerado um dos maiores clássicos da história?

Vamos correr pra ver!


A história é lendária, mas sempre tem um noob que não a conhece, então vamos a ela.

Sonic vivia pacificamente na South Island, um típico paraíso, cheio de animais fofinhos e paisagens bonitas.

Mas então, eis que surge o Dr. Ivo Robotnik (Dr. Eggman na versão japonesa), um cientista louco que, pra variar, quer dominar o mundo. Por isso, ele decide procurar as 6 Esmeraldas do Caos, jóias de poder incomensurável, que dariam poder ilimitado a quem as possuísse. Para tornar a busca mais fácil, ele decide transformar os animais da ilha em robôs escravos para que busquem as jóias para ele.

Claro que isso deixa Sonic pê da vida, então o ouriço decide parar os planos do gênio gorducho e parte numa jornada para libertar os habitantes da ilha e encontrar as Esmeraldas primeiro, arruinando os planos do malvado Robotnik.

Esse foi o ponto de partida de uma das maiores rivalidades dos videogames e serviu de base pra praticamente todos os outros jogos da série. Assim como o jogo marcou a estréia de Sonic, também foi a estréia de Robotnik, que se tornou um dos maiores vilões da história.

E antes que alguém me corrija, eu sei que existem 7 Esmeraldas do Caos. Mas nesse primeiro jogo, eram apenas seis. A sétima surgiu no jogo seguinte, Sonic the Hedgehog 2.


Os gráficos são incríveis. São bem coloridos e desenhados. Eles se assemelham a labirintos, dando ao jogador várias maneiras de prosseguir na fase. Eles também foram bem detalhados, o que eu, pessoalmente achei incrível. Os loops e as molas acrescentam ainda mais brilho ao jogo. O cenário da fase, então, especial é considerado um marco gráfico.

A animação é bem feita. Como a principal habilidade do Sonic é a corrida, eles não podiam vacilar nesse aspecto. E eles conseguiram fazer um ótimo trabalho. Não há nenhum problema durante o jogo, já que ele se resume a você correr que nem um louco. Até os inimigos foram bem-feitos, mesmo que não haja aquela variedade. Eles não deixaram nada a dever no aspecto gráfico aqui.

A música, então, nem se fala. A trilha desse jogo foi composta por Masato Nakamura, mas não se preocupe se você não o conhece. Ele faz parte de um grupo de J-Pop popular, Dreams Come True, e compôs as músicas desse jogo e da sequência. Graças a isso, ganhamos algumas das músicas mais icônicas dos jogos, como a da primeira zona Green Hill. Se você não conhece essa música..., tenho peninha de você. A única música que me irrita é a da fase especial. Não sei se é porque eu fico nervoso, tentando sair dela com a Esmeralda, mas a música te irrita de verdade.


A jogabilidade é incrível de simples. Tudo se resume a correr e pular. Legal, não?

A progressão é lateral, ou seja, da esquerda pra direita e vice-versa. Claro que há uma infinidade de obstáculos, mas nada que te faça entrar em desespero.

Há seis zonas no jogo, cada uma se divide em três "atos". Nos dois primeiros atos, você só têm que chegar ao final da fase tranquilamente. No terceiro ato, você enfrenta Robotnik em uma de suas invenções. Porém, cada zona é única e elas não facilitam sua vida, principalmente a quarta. Incontáveis jogadores foram traumatizados pelas passagens na água.

As batalhas são bem simples. Se trata apenas de aprender o padrão de ataque, o que é feito rapidamente. A única batalha complicada é a da quarta zona, na qual você não tem que derrotar o chefe e sim desviar de vários obstáculos, isso antes que a água te alcance, já que não tem bolhas pra recuperar oxigênio. Agora eu sei porque Sonic é hidrofóbico. E muitos jogadores concordam comigo.

Além de enfrentar os robôs e obstáculos, você também enfrentará o tempo. Como esperado num jogo baseado em velocidade, você tem que correr contra o tempo. Quanto mais rápido você for, mais pontos você ganha.

Barra de energia não rola aqui. Se você conhece, sabe como funciona. Há vários anéis dourados espalhados pelos atos da zona. Se você não quiser morrer de bobeira, pegue-os. Se você sofrer algum dano mesmo com os aneis você não morre. Claro que espinhos, abismos e apertos te matam na hora.

Lembram-se das Esmeraldas? Elas são um ponto-chave nesse jogo. Se você chega ao final dos dois primeiros atos de cada zona com 50 ou mais anéis e pula na hora certa, você tem acesso a uma fase especial. Nela, você tem que pegar a esmeralda sem cair nas bolas que te mandam de volta pro jogo. Se você conseguir as seis, você libera o final bom do jogo, no qual elas ciam novas plantas na ilha.


Concluindo, sim, ele deve ser considerado um clássico eterno. A jogabilidade inovadora, a história bem-montada e os gráficos estupefantes contribuíram pra esse jogo entrar na história. Além disso, marcou a estréia da "mascote de atitude", o que mudou os videogames pra sempre.

Essa semana não tem nenhuma pista, pois ainda não sei de qual jogo vou falar semana que vem. Só sei que será um jogo de merda.

Por hoje é só, pessoal!

sábado, 11 de junho de 2011

Choujin Sentai Jetman


OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOH YEEEEEAAAAAAAH!!!!

Agora sim estamos falando minha língua.

Antes de mais nada, as explicações. Super Sentai é uma franquia japonesa de super-heróis criada a 35 anos. Todo ano é lançada uma série de tokusatsu que conta a história de cinco pessoas que foram escolhidas para combater as forças do mal, com a adição de um sexto herói no decorrer da série. A franquia é imensamente popular no Japão e já foi exibida em vários países, incluindo o nosso. Praticamente todo adulto brasileiro sabe o que foi o Esquadrão Relâmpago Changeman. Claro que esse sucesso absurdo se estenderia nos videogames.

Choujin Sentai Jetman foi um side-scroller baseado na série Sentai homônima de 1991, lançado no mesmo ano para o Famicom (o NES japonês). Esse jogo foi o primeiro baseado em uma série da franquia, sendo Jetman considerado a melhor de todas elas, se tornando um clássico do gênero. Mas será que esse jogo foi uma boa ideia?

Antes de mais nada, quero dizer que eu amo demais essa franquia. Quem me conhece, sabe que eu sou obcecado por ela. Sei até o nome de todos os heróis!!! Mas chega de papo e vamos ao jogo.

CROSS CHANGER!!!!


Assim como o jogo dos Power Rangers, o jogo dos Jetmen também não se passa em nenhum período da série, mas também se mantém fiel ao roteiro básico. Entretanto, como a maioria não conhece a história, vou explicá-la agora.

A série se passa no ano de 199X. Um oficial da Sky Force, uma organização militar, e quatro civis usam os poderes das Ondas Birdônicas (acho que se escreve assim em português) para juntos formarem o Esquadrão dos Homens-Pássaros Jetman. Os cinco unidos combatem as forças da Facção Dimensional da Guerra Vyram, um grupo de conquistadores interdimensionais que querem dominar nossa dimensão. Ao contrário da maioria das séries, Jetman tinha um tom mais sombrio e trágico e, como eu disse antes, é considerada a melhor série Sentai já produzida.

Agora que você já conhece a história (mesmo que muito resumidamente) posso prosseguir. Continuando, o objetivo do jogo é atrapalhar mais uma vez os planos de Vyram de dominar a Terra. Assim como o jogo dos Power Rangers, todos os chefes foram diretamente tirados da série, o que já conta como alguma coisa.

Agora que eu parei pra pensar, o jogo é bem parecido com o dos Power Rangers. Você pode selecionar um dos cinco Jetmen: Red Hawk, Black Condor, Yellow Owl, White Swan e Blue Swallow. E antes que você pergunte, não há um sexto Ranger aqui. Só haveria um sexto membro na série seguinte, Kyoryuu Sentai Zyuranger.

Só pra constar, Kyoryuu Sentai Zyuranger foi a primeira série Sentai a ser adaptada como Power Rangers aqui no ocidente. Caso você não saiba, Power Rangers nada mais são do que adaptações dos Super Sentais japoneses, mas nem por isso são menos legais. Cada franquia é legal do seu jeito. Mas sou muito mais o original japonês.

Onde é que eu estava? Ah sim.

RED HAWK!!!


Os gráficos, bem... poderiam ser melhores.

Não sei se é meu lado fã falando, mas acho q eles poderiam ter desenhado os personagens melhor. Sei das limitações gráficas do NES, mas ainda acho que eles podiam ter se esforçado um pouquinho mais.

A trilha sonora , assim como no jogo dos Rangers, é mediana, ou seja, sem nenhum destaque. Mas admito que ouvir o tema de abertura e de encerramento originais no começo e no final do jogo em MIDI é bem legal.

Os controles são bem básicos. Você pode pular, atacar e usar um ataque especial. A única parte ruim é que o botão Start ativa o ataque especial ao invés de pausar. Então trate de se acostumar.

BIRD BOMBER!!!


A progressão do jogo é lateral, bem semelhante a jogos consagrados como Megaman. Você pode percorrer a fase da esquerda pra direita, mas assim como Mario, você não pode fazer o caminho contrário.

Há cinco fases iniciais. Você pode completá-las em qualquer ordem. Entretanto, você só pode chegar a última fase depois de completar todas as cinco. Cada fase possui duas partes. Na primeira, você joga como um Jetman da sua escolha, lutando contra bonequinhos que devem ser Grinams (os soldadinhos bucha-de-canhão do Vyram, que nem os Patrulheiros de Massa) e outros bichinhos que não sei o que são e nem lembro de qualquer referência a eles.

Como disse antes, você pode escolher qualquer um dos cinco Jetmen, só que eles diferenciam um pouco. Red Hawk e Black Condor usam as Bringer Swords (espadas), tem maior barra de energia e o ataque mais forte, mas o alcance do ataque é curto. Yellow Owl usa o Wing Gauntlet (os punhos) e possui vida e força de ataque medianos, mas seu alcançe também é curto. White Swan e Blue Swallow usam os Bird Blasters (pistolas), possuei as menores vidas e forças de ataque mais fracos, mas o maior alcançe. Enfim, depende do gosto do jogador. Mas cuidado, se um deles morrer numa fase, você não pode mais usá-lo pro resto do jogo.

A segunda parte é uma luta. Você luta com os chefes de fase como o Great Icarus, o Ultrazord deles. Cada monstro possui seu jeito de lutar. Você e ele possuem uma barras de especial, típica dos jogos do genêro, podendo lançar quatro tipos de ataque, dependendo do quanto sua barra está cheia. Cada fase possui um monstro-chefe, e como sou um fanboy descarado, aqui estão eles:

1 - Mirror Jigen
2 - Camera Jigen
3 - Bus Jigen
4 - Light Armadillo
5 - Dimensional Mammoth
6 - Destruction Beast Semimaru

Sei que saber quem é quem não adianta nada, mas eu falo quem são eles mesmo assim.

GATTAI!!! GREAT SCRAM!!!!

Já disse, eu não me canso disso.


Pra encerrar, quero dizer que o jogo é muito divertido. Mesmo pra quem não conhece nada da série, é um ótimo game pra se passar a tarde. Mas pra quem é um megafã como eu, esse jogo é obrigatório.

A propósito...

É HOJE!!!!

Finalmente hoje é a estréia do filme que comemora os 35 anos de Super Sentai. Estive contando os dias e ele chegou. Mesmo que eu não possa ver no momento, estarei lá em espírito, torcendo pelos heróis. Pra quem não sabe sobre o que estou falando, eis a Grande Batalha.

E pra semana que vem, o que é o que é: é azul, cheio de espinhos e faz 20 anos dia 20, mesmo tendo 15 oficialmente.

Você não sabe? Tenho pena da sua alma.

Por hoje é só, pessoal!

sábado, 4 de junho de 2011

Mighty Morphin Power Rangers


OH YEEEEEEEEEEEEEEEEEEAAAAH!!! Agora sim estamos lidando com puro poder!!!

Se você foi criança nos anos 90, você com certeza os conhece. Os Power Rangers se tornaram não só ídolos da criançada, mas de uma geração, mesmo que muitos tenham vergonha de admitir que assistiam. Eu não. Eu assistia mesmo e ainda os adoro. Se as pessoas não entendem, não posso fazer nada.

Como esperado, o sucesso avassalador da série não ficaria só na TV. Eles também apareceram em gibis, brinquedos, fantasias e claro, games.

Mighty Morphin Power Rangers foi um Side-Scroller de ação lançado pela Bandai em 1994 para o SNES. Inspirado na série, o jogo lhe dava a oportunidade de se tornar um ranger e salvar o dia.

Mas será que essa oportunidade vale a pena?

É HORA DE MORFAR!!!


O jogo, apesar de baseado na série, não se passa em nenhum momento específico dela, mas também não foge do roteiro básico.

Rita Repulsa, pra variar, tem mais um plano para conquistar a Terra, e cabe a você, Ranger, descer a porrada nos seus soldados de argila e monstros, estragando o dia dela mais uma vez.

Você pode escolher entre um dos cinco Rangers originais, no caso, Jason, Billy, Zack, Trini e Kimberly. Agora me permitam fazer uma singela reclamação.

CADÊ O TOMMY?

Eles são loucos ou o quê?! Trazer um jogo de Power Rangers sem o preferido de onze entre dez crianças? Se ele fosse um personagem secreto, tudo bem, ia até ser mais legal, mas ele não fez uma única aparição, nem na forma má dele. Pra mim, isso já é um péssimo começo.

DRAGONZORD!!!!


Os cenários são bem construídos. Eles são bem coloridos e não têm nenhum defeito aparente.

Os Rangers também foram bem feitos. Cada um deles tem uma maneira própria de andar, pular e atacar na forma civil. Na forma transformada, entretanto, eles parecem iguais. Até o capacete parece o mesmo.

Mas há alguns detalhes que poderiam ter sido melhorados. Billy parece muito mais desengonçado aqui do que na série, se tornando ainda mais nerd. E Kimberly e Trini praticamente dobram de tamanho depois que morfam. Mas o pior ainda está por vir.

Algum de vocês sabem o que é Blackface? Se a resposta for não, Blackface é uma forma de maquiagem usada em certos shows na qual os artistas criavam uma caricatura estereotipada de pessoas negras, no intuito de fazer piadas com elas. Atualmente, esse tipo de caracterização é considerado racismo e é motivo de vergonha para os negros, que por muitos anos foram caracterizados assim em desenhos, como os Censored Eleven e até em games, como em Square's Tom Sawyer, para o Famicom. Mas você deve estar se perguntando porque eu estou gastando um parágrafo com isso.

Pois bem, clique no link acima e depois clique na segunda imagem. Agora compare ela com o rosto do Zack. Percebeu?

DESENHARAM O ZACK COM UMA CARICATURA RACISTA!!!

Por quê? Já não basta a papagaiada das cores (um negro como Ranger Preto e uma asiática como Ranger Amarela), agora me vem os programadores do jogo e fazem isso? O que eles tomaram? Excluíram o Ranger Verde e usaram uma caricatura racista. Era só o que me faltava.

A trilha sonora é mediana. Não tem aquele destaque especial, mas também não te irrita nem te atrapalha, o que pra mim já conta. Como não poderia deixar de ser, o tema icônico da série também está presente, no momento em que seu personagem morfa.

O controle também é simples. Você pode atacar, pular e usar um ataque especial. Só há um detalhe que pode te atrapalhar.

DETONADOR DO PODER!!!!


A progressão do jogo é lateral, você segue da esquerda pra direita. No caminho, você pode encontrar com vários tipos de Patrulheiros de Massa e eventualmente, os monstros enviados por Rita.

E olha que são vários tipos mesmo. O único que vi na série foi o cinza. Aqui, tem patrulheiros verdes, rosas, azuis, amarelos... Por que será que Rita nunca os usou na série? Perguntas e mais perguntas.

Há sete fases no jogo, chamadas de áreas. Cada área se divide em duas partes. A primeira é onde você luta na forma humana e só possui ataques físicos. No meio da fase, você dá de cara com o chefe dela e é aí que você morfa. Depois de morfado, seu personagem fica mais forte e ao invés de atacar com as mãos, você ataca com sua Arma do Poder, dependendo de qual Ranger escolheu.

E é agora que explico o controle. Como em todo jogo do tipo, ao ficar apertando o botão de ataque , você cria uma sequência de ataques, o chamado combo. Aqui, isso é mais complicado, pois pra fazer um combo, você precisa apertar o botão rapidamente, senão não dará certo. Isso sem falar que, se você chegar muito perto de um inimigo, você automaticamente o agarra e o joga no chão. Pode te ajudar algumas vezes, mas isso quebra seu combo, o que pode irritar um pouco.

E não podemos esquecer do ataque varre-tela. Depois que você morfa, você ganha acesso a um ataque especial, que invoca o poder de um Dinozord, dependendo do Ranger, e dizima completamente os inimigos, além de ajudar naquela hora decisiva contra o chefão. Mas você pode usá-lo uma única vez, então escolha bem o momento de apelar pra ele.

Minha última reclamação é sobre o Megazord. Veja bem, é sempre irado lutar como um robô gigante, mas ele só aparece nas duas últimas fases. Nessas áreas, o jogo assume a forma de uma luta. Você e o inimigo possuem uma barra de vida e uma barra de especiais, que lhe permite usar quatro ataques diferentes, dependendo do quanto ela estiver cheia. A parte ruim é a última luta, na qual o inimigo possui duas formas diferentes, só que quando ele se transforma, você continua com a energia que estava na luta anterior, então prepare-se pra ralar.

MEGAZORD ATIVADO!!!!

Não, eu nunca me canso disso.


No fim das contas, o jogo é legalzinho. Se eles estivessem se esforçado um pouco mais, esse jogo se tornaria um clássico ainda mais grandioso, mas é sempre bom espancar soldados de massa.

Pro próximo jogo, uma pergunta: por que a roupa da Ranger Amarela não tem uma saia como a da Ranger Rosa, já que as duas são garotas?

A resposta: Super Sentai.

Mas que coisa é essa? Semana que vem eu respondo.

Por hoje é só, pessoal!