domingo, 15 de maio de 2011

Captain Commando


Alguém aí já foi a um fliperama? Mas não daqueles de shopping, um fliperama de verdade, cheio daquelas máquinas enormes, cada uma delas igualmente clássica...

Antes que alguém fale, nunca fui a um fliperama. Quando eu era criança, eu nem sabia o que era videogame. Minha paixão por essa arte nasceu muitos anos depois, lá pros meus 12 anos. Pra você ter uma ideia, nunca tive um Super Nintendo! Mas chega de falar de mim e vamos falar desse que é um dos maiores clássicos dos arcades.

Captain Commando foi lançado em 1991 para os arcades pelas mãos da grande Capcom, ganhando uma versão para o SNES somente em 1995. Claro que, sendo o port de um jogo do arcade, pode deixar a dever pro original. Mas, como não joguei a versão fliper, não poderei fazer comparações, me limitando à versão do SNES.

Hora de apertar start.


A história é bem criativa. Uma gangue de bandidos espaciais liderados pelo terrível Scumocide está atacando a Terra e somente o Commando Team poderá detê-lo.

Eu achei a história legal, por que foge do estilo "Salve a namorada" tão comum nos jogos da época. Sério. Procure por jogos da década de 80 e verá que, pelo menos, metade dos jogos se tratam de salvar a garota.

Se bem que se tratando de socar todo mundo, uma história elaborada não é necessária, só é preciso um motivo. Nem precisa ser plausível.


O visual é competente. Pelo que eu pude pesquisar, a versão doméstica é tão boa quanto a original. E se você conhece o SNES, sabe que ele é capaz de qualquer coisa.

A animação é ótima. Tanto os personagens e os inimigos se movem bem, não há queda na animação nem nada do tipo. Tudo corre tranquilamente e você pode jogar sossegado.

Apesar disso, não há muita variedade de inimigos. Alguns tem apenas as cores trocadas e alguns detalhes adicionados, como de costume, mas mesmo assim, eu acho que eles poderiam ter caprichado mais.


A jogabilidade é típica dos jogos do estilo. Apenas saia andando e soque todos que puder.

Cada um dos personagens tem seu estilo. Captain é o tipo equilibrado, Ginzu é o ágil, Mack é o forte e Baby é o fracote. Apesar de tudo, essas diferenças são quase imperceptíveis, só com atenção é que você consegue notá-las.

Há somente três botões, pulo, soco e especial, e são auto-explicativos. Cada personagem possui seu próprio especial. O capitão lança eletricidade pelo chão (Captain Corridor), Ginzu lança bombas de fumaça (Smoke Bomb), Mack tem um ataque giratório (Spinning Attack) e Baby-Head lança mísseis do joelho (Knee Rocket). Entretanto, não há uma barra específica pra esses ataques. Se você usá-los, perderá sua energia. Então não os use toda hora.

Minha única reclamação sobre o jogo é seu tempo. Eu sei que jogos desse gênero não devem ser muito longos, senão perdem a graça. Mas esse jogo é realmente curto. Mesmo no modo Hard, você pode terminá-lo em duas horas no máximo. Bem que podiam ter incluído alguma fase extra ou chefe secreto, já que é uma nova versão.


Resumindo, é um jogo excelente. Não é à toa que ele se tornou um dos maiores clássicos da Capcom. Captain Commando até apareceu em outros jogos, como Marvel Vs. Capcom 1 e 2.

Para fechar, uma trívia rápida: Captain Commando era, antes do jogo, um garoto propaganda! Ele apareceu nos pacotes de vários jogos da empresa, como Mega Man e Ghosts 'n Goblins. Eles até vinham com uma mensagem dele.

Por hoje é só, pessoal!

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